A cerimónia realizada junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, situado na Praça Marquês de Pombal, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, que procedeu à deposição de uma coroa de flores em sinal de respeito e gratidão por todos aqueles que morreram pela Pátria.

Com a colaboração da Escola Prática dos Serviços (EPS), foram prestadas honras militares, seguindo-se a intervenção do presidente da Liga dos Combatentes da Póvoa de Varzim, Fernando Zeferino, que enalteceu a vontade de “honrar a memória dos que tombaram ao serviço da Pátria e que com coragem e bravura sobrepuseram a honra e a dignidade da Pátria às suas próprias vidas”.

Fernando Zeferino sublinhou a importância de recordar “o exemplo” destes militares que morreram ao serviço de Portugal e de “preservar o seu legado”, pois “um País que não respeite o seu passado, não tem futuro”.

A batalha de La Lys foi um marco negativo na participação de Portugal na I Guerra Mundial, com as tropas portuguesas, em muito menor número (duas divisões de perto de 20 mil homens), a serem trucidadas pelas oito divisões alemãs (cerca de 100 mil homens e mil peças de artilharia), provocando a morte de milhares de homens, que no entanto, resistiram bravamente e permitiram que os aliados sustivessem a ofensiva alemã. Ao todo, La Lys provocou nas forças portuguesas cerca de 1300 mortos, 4600 feridos, 2000 desaparecidos e mais de sete mil prisioneiros.

Sete meses depois, a I Guerra Mundial chegaria ao fim com a assinatura do acordo de rendição da Alemanha, em Compiègne, Norte de França, a 11 de novembro de 1918. O Armistício pôs fim a quatro anos de conflitos, para os quais foram chamados a intervir mais de 55 mil militares portugueses.