A rede preconiza a utilização da rua como espaço de sociabilidades, recuperando o valor da vizinhança, a possibilidade de definir o regresso ao caminho das escolas, a proximidade de usos, funções e espaços coletivos nos entornos das zonas habitacionais, tendo no andar a pé a dimensão essencial da transformação urbana dos lugares no sentido da melhoria substancial da qualidade de vida e da saúde.

Trata-se de um protocolo de elevada pertinência, com um também elevado grau de oportunidade, uma vez que o Município da Póvoa de Varzim terminou o seu Plano de Mobilidade Urbana Sustentável recentemente, o que conduzirá, num futuro próximo, ao alargamento de ações subordinadas à mesma temática.

O Presidente da Câmara Municipal afirmou que é dever dos Municípios reverterem a tendência das cidades “modeladas para o uso do automóvel”. Precisamente por isso, nos últimos anos, a Póvoa de Varzim “está a fazer o percurso inverso ao implementar meios suaves na zona urbana, ao fazer a ligação entre o percurso do mar, na zona de Aguçadoura e Navais, e ainda ao dar continuidade deste passadiço até Laúndos”; ou seja, e segundo Aires Pereira, este é um projeto em “permanente mudança e construção”.

O Presidente da Câmara Municipal sublinhou, por fim, que “com a entrada do novo contrato dos transportes públicos, previsivelmente a partir do segundo semestre de 2023, será possível uma nova organização da nossa circulação, nomeadamente com as freguesias. A oferta de mais e melhores transportes, a horas que servem as pessoas, terá um grande impacto na forma como interligamos o nosso território”.