Acompanhado pela Vereadora da Coesão Social, Andrea Silva, o autarca conversou com as Irmãs responsáveis pelo projeto e auscultou, uma vez mais, as dificuldades da instituição face às obrigatoriedades a que está sujeita.

A última intervenção no edifício da Obra de Santa Zita contou com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. As responsáveis confidenciaram que, caso o Presidente da Câmara não tivesse visitado o edifício em 2015 e disponibilizado ajuda financeira para os requisitos que a legislação impõe, a Direção da Obra de Santa Zita já tinha decidido encerrar portas, uma vez não dispor de verba para conseguir efetuar as obras e cumprir todas as regras de segurança.

Em 2015, quando Aires Pereira teve conhecimento das dificuldades financeiras da instituição para realizar a intervenção no edifício (cerca de 60 mil euros), prontificou-se a apoiar a Obra de Santa Zita mesmo não tendo conhecimento que a Direção tinha decidido encerrar os seus serviços. Passados três anos, as Irmãs finalmente contaram este episódio ao autarca e falam mesmo em milagre Aires Pereira ter marcado uma visita justamente naquela altura em que as entidades reguladoras pressionavam a instituição para que fizessem as obras.

O Presidente da Câmara Municipal afirmou que, enquanto depender da sua vontade, a Obra de Santa Zita não irá encerrar portas e nem abandonar o edifício onde está sediada na Póvoa de Varzim. “Não sou fã de parques escolares. Quero manter as escolas e os infantários espalhados pela cidade de forma que as ruas tenham movimento constante. Se retirássemos daqui este serviço de Creche e Infantário, esta zona iria ficar deserta. Assim, há sempre pais e avós a deixarem as crianças e a circularem à volta do edifício, parando para tomar um café ou fazer uma compra”.

Nesse sentido, o edil garantiu que o apoio do Município não cessará por aqui e que se certificará que a Obra de Santa Zita continue a formar as nossas crianças tão bem como tem feito até agora.

A Obra de Santa Zita nasceu para responder a um grave problema dos anos 30 – o êxodo de um elevado número de jovens e adolescentes das aldeias para as cidades em busca de um trabalho, quase sempre precário e sem proteção legal.

Ao longo do tempo foi-se abrindo a outras pessoas fornecendo cursos de formação familiar – de culinária, corte e costura, economia doméstica, relações humanas, puericultura, geriatria, artes decorativas, entre outros até à criação de Escolas Profissionais de Agentes de Serviço e Apoio Social.

A partir dos anos 70, desenvolveu outros Serviços de Apoio à Família, nas seguintes áreas: Infância, através da implementação de Creches, Pré-Escolar, Atividades de Tempos Livres, Centro de Acolhimento a Crianças e Jovens em risco; Juventude, criação de Escolas Profissionais, outras atividades de acolhimento e formação de jovens e adultos; Pessoas Idosas, com a criação de Residências, Centros de Dia, e Serviço de Apoio Domiciliário.

A Obra de Santa Zita, de natureza associativa, não só exerce a Solidariedade em benefício dos mais carenciados, como procura também despertar para a Solidariedade de muitas outras pessoas, dando, sempre que possível, forma organizada aos mais diversas cuidados de todos aqueles que vai abrangendo na sua ação.