O autarca revelou ser uma “honra para a Póvoa de Varzim receber o Presidente da República” na Cerimónia Oficial de Abertura, marcada para o Casino da Póvoa, às 12h00 do dia 22 de fevereiro. Luís Diamantino acrescentou que a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, “um homem da cultura e dos afetos”, significa “o reconhecimento do estatuto que o evento tem neste País” e lembrou que o chefe de Estado “não esperou para ser Presidente da República para vir ao Correntes d´Escritas, pois já esteve cá como conferencista” em 2008.

Luís Diamantino confirmou ainda a comparência do Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, na Cerimónia de Abertura, ele que “também já cá esteve como escritor, sendo que um dos livros finalistas é da sua autoria”. Esta cerimónia, que contará igualmente com o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, é um dos momentos aguardados com maior expectativa por parte dos escritores, pois serão revelados os vencedores dos Prémios Literários 2017 e ali será lançada a Revista Correntes d´Escrita número 16, dedicada a Eugénio Lisboa, “um nome grande da literatura portuguesa”.

Seguir-se-á a Conferência de Abertura, no mesmo dia, às 15h30, no Cine-Teatro Garrett, que contará com Francisco Pinto Balsemão. Sobre o convidado, Luís Diamantino defendeu que não há melhor que “o homem da Comunicação Social em Portugal” para proferir a esta conferência e para “falar sobre comunicação, literatura, arte e cultura”.

Relativamente aos números oficiais do evento, o Vice-Presidente da Câmara Municipal confirmou que vão passar pela Póvoa de Varzim mais de 80 escritores de 13 nacionalidades e diferentes geografias de línguas hispânicas e portuguesa (incluindo as estreias de Macau e Venezuela), dando o seu contributo para o sucesso deste Festival literário. Muitos deles, “um pilar de apoio ao Correntes”, repetem participação desde a primeira edição, mas outros há que participam pela primeira vez, uma “característica deste encontro, trazer muitos novos escritores, no duplo sentido: escritores que nunca cá vieram e jovens escritores, a quem aqui é dada a oportunidade de lançarem os seus primeiros livros.”

Além das Mesas, lançamento de livros, sessões de poesia e conversas a 2, o Correntes vai contar com uma instalação de duas exposições, cinema (em parceria com o Cineclube Octopus), um Estúdio de Luz Natural e uma novidade, intitulada “D´Escritas 1 Dia”. Este novo projeto reunirá grupos de 4 autores que, em conjunto, durante um dia, irão passear por diferentes espaços da cidade, com o objetivo de criarem textos de temática poveira, que serão posteriormente publicados, algo que Luís Diamantino considera ser “muito importante para a promoção não só do Correntes d´Escritas, mas também da nossa terra, funcionando como um veículo de promoção turística e cultural da Póvoa de Varzim.”

Outro dos momentos marcantes e de elementar importância é o encontro dos escritores com alunos dos diferentes níveis de ensino. Desde o Ensino Básico ao Superior, a 18ª edição do Correntes d´Escritas continuará a promover diversas sessões de autores com os alunos. O Vereador da Cultura da autarquia poveira considera ser este o maior legado do evento, “o contacto com as crianças, chegar às escolas, aos professores e aos alunos, por forma a criarmos mais leitores, pois é deste diálogo entre alunos e escritores que formamos pessoas mais esclarecidas e é assim que nasce a cultura.”

Destaque ainda para a Feira do Livro, a ter lugar no espaço exterior do Cine-Teatro Garrett, que funcionará como porto de abrigo aos escritores, leitores, editores, livreiros, jornalistas, críticos literários e todos os que fazem parte da família Correntes d´Escritas, que anualmente se reúne na Póvoa de Varzim para celebrar o livro.

Luís Diamantino concluiu a apresentação oficial do programa deixando um repto aos lojistas, para que aproveitem este evento para abrirem portas “pelo menos na hora de almoço”, de modo a capitalizarem a “enchente de pessoas que vão lotar a Póvoa de Varzim durante os cinco dias”. O autarca não quer que este apelo seja visto como uma crítica, mas antes como “uma oportunidade que devíamos todos agarrar”.

Susana Saraiva, do Casino da Póvoa (principal patrocinador do evento), também marcou presença nesta cerimónia e afirmou ser “um gosto para o Casino estar associado ao Correntes d´Escritas e a todo este evento que cada vez traz mais gente à Póvoa de Varzim e permite que a cidade seja falada em todo o País.”

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