O edil explicou que, fruto das determinações da Direção-Geral da Saúde, a comemoração da efeméride não pôde ser feita “da forma que mais gostaríamos”, mas “não é por isso que a Póvoa deixa de celebrar os 47 anos da sua elevação à categoria de cidade e deixamos de falar sobre aquilo que nos une, a cultura que divulgamos, e o espaço que partilhamos, a nossa cidade”. Por isso, o “Município digitalizou-se para o Dia da Cidade e convidou todos os Presidentes da Junta de Freguesia a terem uma intervenção”.

Questionado sobre os contornos alternativos que o S. Pedro obrigatoriamente terá de ter este ano, Aires Pereira esclareceu que teremos um S. Pedro com um “figurino completamente diferente”, sem concentração de pessoas, tronos na via pública, ruas encerradas ao trânsito, balcões para a venda de bebidas e sem música nos bares para o exterior.

No entanto, estes condicionalismos resultantes do momento em que vivemos não irão impedir a celebração da grande festa da cidade, que, desta feita, “será vivida muito dentro da nossa casa, com a nossa família, e pouco na via pública, que estará muito condicionada para que possamos evitar concentrações de pessoas e a transmissão do vírus, que continua ativo”. O autarca pretende continuar a “preservar a boa saúde do concelho da Póvoa de Varzim, que, ao dia de hoje, tem apenas 4 casos ativos de Covid-19”, um motivo de orgulho que resulta de um “esforço ativo de todos”, que não pode ser comprometido “numa só noite”.

Relativamente ao inicio da época balnear, marcado para 27 de junho, Aires Pereira esclareceu que estão criadas “condições para vivermos o próximo verão com a maior naturalidade possível”, respeitando a “distância social que todos teremos de manter e uma ocupação mais dispersa nas áreas concessionadas”.

“Pela primeira vez na história da nossa praia teremos lotação limitada. Atingida a lotação limite será içada uma bandeira a desaconselhar a presença naquele espaço. Cada um de nós tem de ser agente de saúde pública e tem de perceber se estão criadas condições para estar naquele espaço”, sublinhou o edil, que entende que “um espaço militarizado não é o pretendido, mas sim um espaço de permanência voluntária”, que permita vivermos com tranquilidade o verão poveiro.

Aires Pereira não esqueceu os poveiros emigrados e deixou uma palavra para as Casas dos Poveiros espalhadas pelo mundo: “para os que não podem vir visitar e ver as suas famílias, espero que vivam o S. Pedro através das plataformas digitais. Será colorido na mesma, com todas as tradições e os seus bairros. E desejo que rapidamente nos possamos voltar a encontrar”.

Esta iniciativa foi levada a cargo pela União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, pelo jornal Mais Semanário e pela Associação Cultural Póvoa Ontem e Hoje, que celebrou cinco anos de vida. O Presidente da Câmara fez questão de deixar uma palavra de parabéns à associação, que, segundo o próprio, tem um papel essencial na “transmissão das tradições e das noticias que verdadeiramente importam à Póvoa e aos poveiros”, deixando votos para que continuem a reviver “as nossas memórias” e a divulgar “a história passada e presente do nosso concelho”.

Pode ver ou rever a entrevista completa na página de facebook da Rádio São Pedro.