O Primeiro-Ministro, António Costa, esteve presente na cerimónia de apresentação do projeto da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM) para os novos armazéns de aprestos do Porto de Pesca que serve as cidades da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
O projeto prevê a construção de 114 armazéns num espaço de 19 mil metros quadrados com um custo de 7,6 milhões de euros, financiado em cerca de 6,5 milhões de euros pelo fundo MAR 2020 e Câmara de Vila do Conde em 883 mil euros. A área total de intervenção, que abrange 30 mil metros quadrados, será, também, dotada com espaços e praças públicas, acessibilidades e outros equipamentos, como uma cozinha comunitária, balneários, espaços destinados ao comércio e um bar de apoio.
O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, acompanhou o Primeiro-Ministro nesta visita e realçou que a cultura de segurança deve fazer parte do dia-a-dia, trabalho que a APMSHM tem desenvolvido de forma notória. Sobre o investimento nos novos armazéns de aprestos, o edil lembrou que o mais difícil de uma obra é mante-la bem cuidada e pediu ao Presidente da Associação, José Festas, que, para além de ter uma voz dura com os governantes e com os autarcas, é importante que também a tenha com os profissionais da pesca. “Aquele espaço deverá ser uma referência e que todos nós nos orgulhemos do que irá ser feito. Que isso se traduza nas condições que o atual Porto tem. Que se acabe com aquele espetáculo que não dignifica ninguém, redes abandonadas em cima dos pontões. Não haverá mais desculpas para a bagunça do Porto de Pesca. Nós estamos a fazer o nosso trabalho de casa – a Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o Secretário das Pescas, José Apolinário, e eu próprio – para termos um Porto de Pesca mais integrado na cidade e onde dê gosto trabalhar nele. É preciso que todos, a partir de hoje, comecem a investir, também, no asseio do espaço”.
António Costa elogiou a empreitada e salientou a necessidade de mitigar os perigos a que estão expostos os pescadores: “esta é uma atividade difícil, dura e arriscada e é fundamental promovermos uma cultura de segurança. O risco existe sempre, mas temos de nos preparar para isso, dotando as embarcações com melhores condições e proporcionando aos pescadores equipamentos de proteção individual, que por vezes são incómodos, mas são essenciais”.
António Costa considerou também essencial o contributo das autarquias para, em conjunto com os organismos estatais, “melhorarem as condições de trabalho das gentes do mar e a qualidade dos Portos de Pesca”.
O Primeiro-Ministro sublinhou que “nos últimos anos, o volume de negócios associado à pesca teve um crescimento de 13 %. É um grande contributo para a nossa economia. O mar dá-nos uma riqueza imensa e poucas vezes temos noção que, no conjunto do território português, só 3 % é terra, o resto é mar. Temos uma imensa área para descobrir e saber valorizar”.