Na Escola Secundária de Rocha Peixoto, Margarida Maneta, dinamizadora do projeto, explicou que as práticas juvenis são maioritariamente digitais, com os smartphones a povoar o quotidiano e as interações sociais das faixas etárias mais novas.

De forma simplista e resumida, as práticas digitais tendem a responder a lógicas algorítmicas, que apresentam frequentemente conteúdo personalizado que reforça comportamentos e atitudes pré-concebidas, encaixando cada pessoa numa bolha, onde encontra confortavelmente pares que pensam da mesma forma. Este tipo de exposição tende a alimentar posições radicais, em que se verifica a normalização da discriminação.

Na sua intervenção, Andrea Silva destacou a importância de iniciativas como esta, que se adaptam ao contexto escolar, em articulação e ajuste próximo com os docentes e não docentes, para combater o crescimento das notícias falsas e os efeitos nocivos do bullying e do discurso de ódio para a comunidade. No final do projeto, os alunos serão responsáveis pela criação de uma hashtag e de materiais gráficos, como infografias ou vídeos, que, quando compilados, resultarão num booklet de alerta.