No dia 28 de setembro, sábado, pelas 15h30, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto irá acolher a Tertúlia “Vamos cooperar? Potencialidades e desafios das cooperativas integrais”, com Jorge Gonçalves.
Diz-nos o dicionário que a palavra Economia deriva do grego oikonomía: oikos (casa, moradia) e nomos (administração, organização, distribuição). No seu sentido original, a economia é então o conjunto de atividades desenvolvidas para obtermos os bens e serviços indispensáveis à satisfação das necessidades; o aproveitamento eficiente de recursos; o equilíbrio harmonioso entre as partes e o todo. Neste entendimento abrangente, a economia deixa de ser uma ciência difícil, acessível apenas a alguns que a constroem e operam para uma maioria de pessoas, para nos impelir a todos a participar, a partir das nossas vidas quotidianas.
Esta tertúlia visa estimular o debate sobre o contributo que o novo cooperativismo, e as cooperativas integrais em particular, podem desempenhar na tessitura de relações económicas capazes de gerar uma mudança cultural profunda num momento da história em que vivemos grandes desafios de ordem ecológica.
A iniciativa é desenvolvida no âmbito do projeto “Literacia para a Transição Climática!”, implementado no quadro do Programa The Europe Challenge 2024: Libraries, Communities and Democracy, financiado pela Fundação Cultural Europeia e executado em parceria pelo Centro do Clima da Póvoa do Varzim e a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Entrada livre. Inscrições em biblioteca@cm-pvarzim.pt.
Jorge Gonçalves é doutorado em Economia, investigador associado do projeto JUST2CE (sobre economia circular) pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, desde 2022, e é membro da direção da WindEmpowerment desde 2021. Enquanto consultor, apoia negócios de diferentes áreas de atividade e também projetos cooperativos. É um dos fundadores da Cooperativa Integral Minga, de Montemor-o-Novo, tendo sido membro da sua direção durante vários anos. Organizou cursos sobre como criar cooperativas integrais em diversas zonas do país. Trabalhou em projetos de desenvolvimento rural (p.e. microcrédito, sector agrícola, saúde pública) em diversos países e foi também coordenador de estudos de impacto na área das energias renováveis em vários países da América Latina e Caraíbas. Está envolvido também na criação de uma moeda local para Montemor (Associação A. Mor, fundada em 2018).