O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim esteve presente na apresentação desta obra que, ao longo das suas 500 páginas, aborda temas como a arquitetura exterior e interior do espaço, “assim como aspetos da vida pública e privada das diferentes gerações que habitaram este edifício, um dos mais icónicos da Belle Époque na Póvoa de Varzim”.

No seu discurso, Aires Pereira revelou que ainda é dos “poucos que viram de pé o Palacete Flores, nas minhas idas e vindas do Liceu”, recordando o misticismo e curiosidade que este edifício sempre despertou nos poveiros. Por isso, mais do que um livro, este é “um retrato humanizado e inteiro” que em muito valoriza a história da Póvoa de Varzim.

A apresentação foi conduzida por Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, que classificou a obra como um valioso contributo para “a historiografia poveira” e “uma marca indelével do património imaterial da Póvoa de Varzim”. O autor do livro, José da Costa Reis – bisneto do Comendador Flores, de quem partiu a decisão de construir o edifício icónico – mostrou-se grato a todos aqueles que contribuíram para a produção desta obra que, pela sua complexidade e volume de informação textual e fotográfica, “é impossível fazer a duas mãos”.

O livro é um registo memorialístico, com a explicação da história da sua construção e do quotidiano desta residência da sua família, enquadrando-a no contexto da época compreendida entre 1895 e 1978. No ano de 1979, o palacete que havia sido projetado pelo arquiteto Gonçalo Cruz, foi demolido.