O
programa do evento foi revelado, esta manhã, em conferência de imprensa, no
Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Luís
Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal, realçou a
projeção além-fronteiras do Festival de Música que, tal como o Correntes
d’Escritas, são dois grandes eventos em que a Câmara aposta fortemente na área
cultural.

Neste
sentido, o autarca informou que “a política cultural deste município passa por
realizar alguns eventos de grande projeção e, por outro lado, servir de
almofada de choque de eventos realizados por associações”.

Certo
de que esta 35ª edição do Festival terá um êxito muito grande,

XXXV FIMPV_cartaz
XXXV FIMPV
Luís Diamantino e João Pires

Luís Diamantino
anunciou que “temos um programa muito variado a nível temático, este ano”.

Tal
também se deve ao facto da Secretaria de Estado da Cultura ter atribuído um
subsídio no valor de 130 mil euros, o dobro do ano passado, esclareceu.

O
Vereador da Cultura considera que a atribuição deste subsídio, que resulta de
uma candidatura que abrange quatro anos, é “um reforço da marca de qualidade do
evento” e vem “encorajar a autarquia para seguir o caminho que temos vindo a
trilhar na Póvoa de Varzim”.

Luís
Diamantino destacou, igualmente, “o reconhecimento que tem sido feito pelo
público que o Festival conseguiu fidelizar ao longo de 35 anos”.

Da
programação, o Vereador fez questão de referir a presença “distintíssima” de
Rui Vieira Nery na Conferência de abertura e de Misia, a
27 de julho, no último
concerto do Festival.

João
Marques, diretor do FIMPV, revelou que “em linhas gerais, a programação segue a
orientação dos últimos anos, isto é, gira à volta de 3 grandes eixos: a Música
antiga historicamente informada; percorre importantes fases dos períodos
clássico, romântico e modernismos dos séculos XX e XXI; e continua a apoiar a
criação e divulgação da nova música portuguesa.

São
intérpretes alguns dos solistas e agrupamentos mais respeitados do nosso tempo,
a nível nacional e internacional e não esquecemos alguns dos jovens músicos
portugueses.

Dedicar-se-á
seis concertos à chamada “Música antiga historicamente informada:

o Vox
Luminis, a 6 de julho; Os Músicos do Tejo dirigido por Marcos Magalhães, a 15
de julho; o Ensemble Heptachordum, a 16 de julho; a 18 de julho, a estreia em
Portugal de L’Avventura London, em parceria com músicos portugueses, a 20 de julho,
é a vez de The Gabrieli Consort & Players sob direção Paul McCreesh e a 23
de julho o agrupamento galego Resonet, de Santiago de Compostela.

A
música de câmara dos períodos clássico, romântico e modernismos dos séculos XX
e XXI ficará a cargo de Quatuor Ardeo (quarteto de cordas francês em estreia em
Portugal), Pavel Gomziakov e Louis Lortie, Pavel Sporcl e Miguel Borges Coelho,
Quarteto Verazin. Pedro Burmester e Quarteto de Matosinhos.

A
22 de julho, Madalena Sá e Costa fará uma palestra sobre a sua irmã Helena de
Sá e Costa, no 100º aniversário do nascimento.


ainda dois espetáculos de difícil classificação, na fronteira entre géneros
musicais diferentes: 11 de julho, pelo violinista clássico checo Pavel Sporcel
e pelo Gipsy Way Ensemble, agrupamento de música cigana; e o do dia 27 de julho,
a encerrar o FIMPV, por L’ Arpeggiata da tiorbista austríaca Christina Pluhar –
o programa partirá dos cantos greci-salentini do sul da Itália e viaja pelas
margens do Mediterrâneo à procura de conexões na Grécia, Turquia, Espanha e
Portugal.

O
Diretor referiu-se ainda ao habitual apoio que o Festival presta à música
portuguesa, designadamente aos novos compositores e aos novos intérpretes, em destaque
este ano da publicação em partitura impressa de 8 obras escritas para orquestra
ou formações de câmara por encomenda do nosso Festival ou obras vencedoras do
Concurso de Composição da Póvoa de Varzim em edições anteriores.

A
vertente pedagógica que o Festival sempre comporta, incluirá, em “Manifestações
Paralelas”, propostas de masterclasses orientadas por solistas e agrupamentos
convidados, e concertos informais por alunos e docentes da Escola de Música da
Póvoa de Varzim, informou.

A
sessão contou ainda com a entrega do prémio monetário de 500 euros a João Pires
(Becompi), vencedor do concurso para criação de imagem gráfica do Festival.

Acompanhe o XXXV Festival
Internacional de Música da Póvoa de Varzim, no
portal municipal, onde já se encontra
disponível o programa completo do evento.