Carlos Pedro Santos de Azevedo, nasce a 29 de novembro de 1967, na Póvoa de Varzim.  Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Maia.

Começa em 1985 a colaborar com rádios locais da Póvoa de Varzim e, em 1988, integra a equipa de jornalistas de desporto da TSF, transferindo-se, no mesmo ano, para a Rádio Renascença. Entra para os quadros da Emissora Católica Portuguesa em 1989, tendo sido editor de desporto durante 33 anos, até 2022. Edita e apresenta mais de 20 mil edições do programa Bola Branca. Na Renascença, assume a chefia de redação do desporto durante 11 anos, entre 2011 e 2022, e relata mais de 2200 jogos de futebol, com presença em cinco campeonatos do mundo (2002, 2006, 2010, 2014 e 2018) e cinco campeonatos da europa (2004, 2008, 2012, 2016 e 2020).

Destaca-se, ainda, pela cobertura dos Jogos Olímpicos de 1992 na RR, e pela narração de três finais europeias de clubes da UEFA: Taça UEFA 2003, Liga dos Campeões 2004 e Liga Europa 2011. Em 2019, relata a fase final da Liga das Nações de Futebol. Na televisão, colabora na redação de desporto da RTP entre 1989 e 1996. Mais tarde, é comentador convidado nos espaços de informação da SIC Notícias e TVI 24. Em 2019 inicia uma colaboração com a Sportv como narrador de futebol.

Na Póvoa de Varzim, é presidente do Interact Clube (afiliado ao Rotary Clube) em 1984/85 e representante nacional em 1985/86.

O Varzim Sport Club atribui-lhe o troféu Lobos do Mar na categoria de sócio do ano, na Gala do Centenário, em 2016. 

É distinguido pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim com a Medalha de Reconhecimento Poveiro, em 2024.

 

Sobre a sua obra, o autor referiu que: “o relato de futebol marcou a minha vida. Neste livro proponho explicar os vários ângulos de análise de um género discursivo produzido por narradores, de um tipo de discurso jornalístico que se enquadra na reportagem.

A escassa literatura sobre o tema aguçou o interesse e foi determinante para a escolha e elaboração do trabalho.

Em sete capítulos procuro contar a história do relato e a minha entrada para a galeria dos intérpretes, bem como detalhar a narrativa audiovisual que contempla e a relação com um dos modelos de comunicação mais estudados de sempre: o “Modelo de Lasswell”. Na nova era do jornalismo de convergência é igualmente abordada a forma como o relato invadiu o território digital e a exigência dos novos desafios do jornalismo do século XXI, num ambiente de forte concorrência e informação sem limite.

O cunho pessoal que ousei introduzir no campo lexical das narrações de futebol é, da mesma forma, desenvolvido com a exposição e respetiva explicação de frases feitas populares utilizadas ao longo da minha carreira.

O relato de futebol perdura há quase um século, primeiro na rádio, mais tarde na televisão e hoje, para além desses dois meios, também na internet. Integra as grelhas dos media, informa e provoca emoções aos consumidores. Trata-se de um ato comunicacional singular por abranger um misto de arte, informação e entretenimento”.