O programa, moderado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, contou também com a presença do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Em debate, o plano da orla costeira da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que prevê a demolição de edifícios e habitações junto ao mar em nove concelhos do norte do país, e que entrou ontem em discussão pública.

Aires Pereira fez questão de, uma vez mais, manifestar a sua preocupação com a vida das pessoas que serão afetadas com a implementação deste plano.

Na sua opinião, “quando olhamos para este plano, o sinal mais negativo que podemos dar às pessoas é que há critérios diferentes de avaliação em função daquilo que é o posicionamento da APA”. A título de exemplo, o edil pronunciou-se sobre o que está previsto para as Piscinas Municipais, a sua “renaturalização”, sendo que “até hoje, o Estado não colocou lá uma pedra, não houve necessidade de uma única obra de proteção”.

O Presidente transmitiu ainda a sua indignação pelo facto dos “autarcas, desde 2015, tentarem explicar as suas razões e, chegamos ao fim deste processo, para discussão pública, e é aprovado na Comissão Nacional de Território com o voto de qualidade da Presidente da Comissão, com todas as Comissões de Coordenação a votar contra, sem terem em consideração a posição dos 7 municípios envolvidos neste processo”. A este propósito, expressou: “Não me parece que um plano desta natureza, com a abrangência que tem, possa ser executado sem conquistar a confiança das pessoas e de quem está no terreno e tem a principal responsabilidade pela aplicação do mesmo”.

O autarca poveiro alertou para outra realidade que muito o preocupa: uma nova dragagem foi adjudicada para o Porto da Póvoa de Varzim e serão retirados 100 mil mde inertes da barra que serão lançados a 4 km da costa quando poderiam servir para recarregar as nossas praias que precisam de areia.

Sobre este assunto, o Ministro do Ambiente comprometeu-se a, hoje mesmo, inteirar-se da situação.

Veja o programa aqui (parte 1 e parte 2).