Para além de dar a conhecer mais uma publicação municipal da autoria do jornalista poveiro, a sessão serviu para partilhar com o público os três hobbies do autor: música, poesia e teatro, que se fizeram representar pelo Rancho Folclórico Poveiro, Aurelino Costa acompanhado por Carlos Costa e Clarice Marques, respetivamente.

Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, lembrou que A graça que a Póvoa tem era já o terceiro livro da autoria de José de Azevedo a fazer parte da Coleção “Na linha do horizonte Biblioteca Poveira”. Os livros de José de Azevedo, o nº1 da coleção Histórias do Mar da Póvoa e o nº14 Poveirinhos pela graça de Deus são, tal como o agora apresentado, especiais: primeiro, porque enchem salas e depois porque deixam um marco na Póvoa de Varzim, transmitiu o autarca.

Luís Diamantino agradeceu ao escritor pelo seu contributo para a história local, “isto é o que fica, é a nossa memória coletiva”, acrescentando que “sinto-me vaidoso por ser Vereador da Cultura de uma Câmara que tem um cidadão como o José de Azevedo”.

No prefácio do livro de crónicas da autoria de Luís Diamantino pode ler-se: “José de Azevedo com um estilo único, com uma escrita clara e sugestiva, com o amor e dedicação que tem à Póvoa, construiu uma história composta por muitas histórias. Neste livro, enriquece o nosso imaginário comum e lança-nos para bons momentos de profundo prazer e boa disposição como só ele sabe e pode criar”.

Recorrendo ao ditado popular “não há duas sem três”, José de Azevedo mostrou-se bastante grato à autarquia poveira por esta terceira publicação.

Partilhando que os seus livros têm sido publicados de seis em seis anos (2001; 2007; 2013), referiu, com humor, “se o ciclo for para continuar o próximo será em 2019”.

Sobre A graça que a Póvoa tem, o autor afirmou tratar-se de um livro escrito com algum humor, mas com muito amor, dedicado aos poveiros por nascimento ou aos que trazem a Póvoa no coração. É constituído por seis capítulos, num total de 57 histórias, sendo, na sua maior parte crónicas tituladas genericamente “O Café da Guia” e publicadas n’ “O Comércio da Póvoa”, de 2006 a 2011. Textos contextualizados e atualizados.

Para José de Azevedo, na vida de uma cidade há acontecimentos anómalos, alguns incríveis, outros dramáticos, e outros cheios de graça que, se não se registassem, ficariam para sempre escondidos no baú de memórias das testemunhas ocasionais.

O autor considera esta a primeira obra do género no universo literário da cidade, esperando que seja, em tempos difíceis, o remédio para todos os males, que faça esquecer a crise que vivemos.