Mas esse direito será mais fácil, será menos necessário, estará mais acessível, e será menos oneroso, se todos, preventivamente, atuarmos como cidadãos socialmente responsáveis”, afirmou Aires Pereira, Vice-Presidente da Câmara Municipal e Vereador do Pelouro da Proteção Civil, na sessão de abertura da comemoração da data, no Salão Nobre, esta manhã. “A grande missão do Serviço Municipal de Proteção Civil é a de estar, e atuar, nos cenários e nos contextos de emergência, seja nas catástrofes de origem natural, seja nas catástrofes provocadas pelo homem, que são cada vez mais frequentes”, informou o autarca. A importância da comunidade na defesa da nossa segurança foi, mais uma vez, sublinhada por Aires Pereira: “No dia-a-dia, as solicitações aos cidadãos para que colaborem na sua defesa, e na defesa dos vizinhos, são inúmeras. Os cuidados que devem ter quando se anunciam as primeiras chuvas (normalmente em tempo de muita folhagem no chão, que os ventos diariamente arrancam das árvores e nenhum serviço de limpeza consegue evitar); os cuidados a adotar quando os ventos e as chuvas agravam o risco da queda de árvores ou de edifícios em ruína; os cuidados que se impõem quando se avizinha mau tempo no mar, com o consequente risco para a faina piscatória e para as inundações na orla costeira; as cautelas que se exigem quando, não obstante todos os avisos em contrário, consentimos que crianças (ou mesmo adultos) se banhem nas águas de um mar alterado; ou, mais domesticamente, quando não acautelamos o risco de certas formas de aquecimento, sobretudo quando familiares ou vizinhos, idosos, vivem sós”.

Sobre a vigilância das praias na época não balnear, o Vice-Presidente informou que o município, no âmbito das suas funções enquanto agente coletivo da proteção civil, contratou com a associação de Nadadores-Salvadores “Os Delfins” esse serviço – extemporâneo, digamos – de vigilância. “São aqueles dias em que o sol, mesmo no inverno (como agora), convida a uma ida à praia e a um mergulho que acontecem as tragédias”, explicou.

Após a intervenção de Aires Pereira, conhecemos a Missão da Proteção Civil através de um elemento de comando da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Jorge Luís Filipe, docente universitário, abordou o tema “Riscos naturais – cheias e inundações em centros urbanos” e, finalmente, Pedro Alexandre Silva, oficial de operações de socorro, falou sobre “Riscos tecnológicos – rotas das aeronaves e os centros urbanos”.

De assinalar que, até às 18h00, na Praça do Almada, estarão expostos equipamentos, viaturas de segurança, proteção e socorro dos Bombeiros da Póvoa de Varzim e da Proteção Civil do município. Dezenas de alunos do concelho visitaram esta exposição ao ar livre e assistiram às intervenções no Salão Nobre. O objetivo de convidar estes jovens prende-se com a sua sensibilização para fazerem parte deste projeto. “Nos tempos que correm, cada vez teremos mais necessidade de nos socorrermos uns aos outros. Voltaremos a ter que contar, como há alguns anos atrás, com os nossos vizinhos, quando, hoje em dia, nem conhecemos as famílias que moram no mesmo prédio”, lamentou Aires Pereira.

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