O protocolo visa formalizar o estatuto de Fundador Patrono da Fundação de Serralves ao Município da Póvoa de Varzim, estatuto esse atribuído aos Fundadores que apoiam a Fundação de Serralves de forma continuada e regular.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, esclareceu que “este protocolo vai permitir estreitar a relação com Serralves de modo a podermos movimentar mais exposições, realizar mais colóquios e mais divulgação do acervo de Serralves e criar mais um ponto de interesse para quem nos visita”.

Para o edil, “é uma oportunidade única de vermos exposições como esta de peças que fazem parte do acervo de Serralves e que não estão disponíveis. A última vez que esta exposição esteve disponível foi em Serralves, em 2015, e desde então nunca mais foi exposta”. Portanto, trata-se de “uma oportunidade que temos para ter acesso, na nossa terra, sem termos que nos deslocar a outros sítios, áquilo que de melhor existe no país e que é património de todos nós”.

O Presidente revelou que a exposição vai estar patente até 18 de março de 2018 e “vamos integrá-la, através da sua divulgação e algumas oficinas a realizar, no programa do Correntes d’Escritas”

Ana Pinho, da Fundação de Serralves, transmitiu que “para além da realização de exposições de Serralves em parceria com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim que ocorrerão aqui ou noutros espaços que se considerem relevantes para o efeito, há também a possibilidade e a nossa intenção de se fazer o contrário, levar produção proposta pela Câmara aos espaços de Serralves, nomeadamente aos nossos eventos com mais público, como Serralves em Festa, a Festa do Outono, o Bioblitz. É algo que gostávamos de ver concretizado caso haja vontade do município poveiro”.

Esclareceu ainda que “estas exposições não são só a exposição per si mas têm também como objetivo desenvolver a componente do serviço educativo juntamente com a autarquia. Tem várias componentes que consideramos importantes”.

“Um Realismo Cosmopolita em torno do grupo KWY” está inspirada no modelo cosmopolita da Revista KWY publicada entre 1958 e 1964 e apresenta uma seleção de obras e publicações de artistas, que colaboraram no projeto editorial, como António Areal, Jorge Martins e o estrangeiro Raymond Hains.

Esta exposição demonstra como, os acontecimentos e objetos do quotidiano, assim como, a sociedade de consumo pretende chegar a todos os lados e são um sinal, de como, a arte pode estar colocada no centro dos acontecimentos socioculturais.

Este projeto (KWY) desenvolveu-se em Paris, com a ajuda dos seguintes artistas portugueses: Lourdes Castro, Réné Bertholo, António Costa Pinheiro, João Vieira, José Escada e Gonçalo Duarte.

O grupo foi responsável pela abertura da arte portuguesa ao contexto internacional, que deu impulso a um dos períodos mais estimulantes da cultura europeia do século XX.