O autarca informou que a empreitada tem um valor global de cinco milhões de euros e tem comparticipação a 100% do Fundo de Turismo, não trazendo qualquer encargo financeiro para o Município. Neste sentido, explicou que a aplicação deste dinheiro só pode ser feita em empreitadas deste tipo, ou seja, obras que tenham valência e relevância turística e por isso é que foi aprovada neste âmbito.

Para o Vice-Presidente, “esta obra já sofreu demasiadas vicissitudes e esperamos que agora corra normalmente, terminando dentro do prazo previsto sem que haja qualquer problema até ao final”.

Aires Pereira referiu que este fim-de-semana se tinham realizado duas atividades culturais nas quais tinha participado, uma ligada ao teatro e outra à dança, e constatou que as pessoas estão com grande expectativa em relação a esta sala de espetáculos. A este propósito, destacou a vida associativa que o concelho tem e da falta que faz este tipo de equipamento, visto que não temos outro na Póvoa de Varzim.

“Tínhamos pressa de começar porque temos um financiamento garantido e que obriga a um calendário muito apertado, mas não temos urgência em terminar, sim em cumprir prazos”.

Quanto ao “novo Garrett”, o Vice-Presidente revelou que “é uma sala de espetáculos polivalente muito dedicada às artes, em que se valoriza muito os aspetos de cena, equipamento de palco. Vai existir também a possibilidade de serem projetados filmes. Terá cerca de 500 lugares sentados, sendo que também não quisemos privilegiar uma sala com muita gente. Queríamos que a sala tivesse mobilidade e pareceu-nos que este número era razoável para a dimensão da nossa sala, com uma boca de cena suficientemente larga para receber todo o tipo de espetáculos, desde bailados a orquestras. É uma sala em anfiteatro único, tem um foyer para fazer exposições, virado para a Rua José Malgueira, e em cima tem um pequeno bar e esplanada com uma vista maravilhosa sobre a Póvoa. Esperamos que não seja uma sala só para abrir quando há espetáculos, mas para funcionar todos os dias e ser um local de encontro e de partilha de experiências e de projetos de cultura. Há aqui uma outra componente e que permitiu a comparticipação máxima, a 100%, que é o facto de podermos partilhar com o Casino alguns artistas que cá vêm, permitindo à população em geral assistir a esse tipo de espetáculos. É um equipamento que será uma referência cultural no concelho e um polo agregador num local que se pretende dinamizar, recordando o apoio que o parque de estacionamento da Avenida Mousinho poderá prestar. Enfim, é toda uma esperança e um sonho que se vai concretizar.”

Sobre o ponto de vista de engenharia, Aires Pereira assumiu tratar-se de uma obra difícil, num espaço confinado, difícil de executar mas “já realizamos outras mais difíceis como, por exemplo, a do parque de estacionamento da Avenida Mousinho”. No entanto, realçou que o Município tem uma equipa muito habilitada que, em conjunto com as empresas, tem dado resposta e ultrapassado essas dificuldades.

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