Na celebração do 43º aniversário da elevação da Póvoa de Varzim à categoria de cidade, a Câmara Municipal distingue: Miguel Sousa Neves, com a Medalha de Cidadão Poveiro, e Armando Marques, Manuel Agonia Areias e Ourivesaria Tavares, com a Medalha de Reconhecimento Poveiro, grau prata.

Na proposta de distinções do Presidente da Câmara Municipal, pode ler-se:

“O Exmo. Senhor Dr. Miguel Filipe Leite Sousa Neves, nascido em 12 de julho de 1959 na Rodésia do Sul (atual Zimbabwe), de onde itinerou por Moçambique, República da Africa do Sul e Inglaterra, antes de se fixar na Póvoa de Varzim.

Detém pós-graduação em Direção de Unidades de Saúde e Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde, áreas em que tem exercido relevante atividade extraprofissional. É, há 4 anos, Presidente do Lions Clube da Póvoa de Varzim, assessor para a visão do Lions Clube Internacional, cofundador e presidente da Direção da Associação de Apoio às Obras Sociais das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora, Irmão das Santas Casas da Misericórdia da Póvoa de Varzim e de Esposende. Apoia técnica e financeiramente várias instituições de solidariedade social da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. É este cidadão, tão estreitamente ligado à Póvoa de Varzim (nos planos profissional, social, cultural e politico), que proponho seja reconhecido como Cidadão Poveiro, certo de que este reconhecimento, que sei corresponde a um íntimo desejo do próprio, é sobretudo prestigiante e gratificante para a nossa comunidade.

O Exmo. Senhor Manuel Agonia Fernandes Areias, popularmente conhecido por Nia Preu, hoje o símbolo maior do “poveiro marinheiro”: após décadas, iniciadas em menino, de trabalho no mar, onde aprendeu as artes da navegação à vela e se fez pescador de alto rendimento (fosse na Gronelândia – 1951-1959 – fosse em Moçambique – 1960-1964 – fosse nas nossas águas, depois de 1965) Agonia Areias, entretanto mestre experimentado, pescou até 1990. E em 1991 é proclamado mestre da Lancha Poveira do Alto “Fé em Deus”, nesse ano construída em iniciativa conjunta do Clube Naval e do município (através do Museu Municipal) em concretização de um velho sonho de Manuel Lopes.

O Exmo. Senhor Armando da Rocha Marques, que é, aos 87 anos, a personificação do “Poveiro global”, um empreendedor de vida cheia, que percorreu (e, na sua caminhada, orientou e influenciou) toda a dinâmica comunitária da Póvoa de Varzim nas últimas décadas. Em síntese, queremos salientar três facetas deste invulgar, longo e frutuoso percurso: a) O profissional, na área do turismo; b) O divulgador da Póvoa, através da imprensa; c) Cidadão disponível, militante da causa associativa – Foi presidente da Mesa da Assembleia Geral da Federação de Folclore Português (de que foi fundador), pertenceu aos corpos sociais do Clube Desportivo da Póvoa, do Varzim Sport Clube, do Clube Naval Povoense, é associado (além daqueles) do Mapadi, dos Amigos do Hospital, do Instituto Maria da Paz Varzim, da Associação Portuguesa de Paramiloidose, da Banda Musical, de A Familiar, de A Filantrópica, dos Bombeiros, da Cruz Vermelha. É Mesário da Santa Casa da Misericórdia. Foi, 24 anos, secretário permanente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim.

A Ourivesaria Tavares, fundada em 1922 por Virgílio Aristides Tavares, que é uma referência no setor em todo o território nacional. Empresa de cariz familiar, com serviços de excelência na produção, comercialização, restauro e manutenção de metais nobres e preciosos, caminha saudável para o centenário da sua fundação, fiel à sua matriz, mas inovando e modernizando em busca de novas propostas e novos públicos. Presentemente dirigida pela terceira geração da mesma família, a empresa adotou novas práticas comerciais, apostou nas tecnologias de informação, em novas formas de organização produtiva e administrativa e estreitou a relação com as novas gerações de consumidores, sem nunca abdicar da trilogia capilar da sua gestão: trabalho, seriedade e competência”.

A Cerimónia de Homenagens será às 18h00 do dia 16, quinta-feira, no Cine-Teatro Garrett.