A
iniciativa irá decorrer no próximo domingo, pelas 16h00, no
Auditório Municipal da Póvoa de Varzim, com a presença dos autores e
ainda de
Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Fernando
Rocha, Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos e de
António Parada, Presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos.

Este
livro resulta de um trabalho de investigação de um leceiro e de um matosinhense
que , dedicados à sua terra e às suas gentes, fizeram um levantamento exaustivo
de informação recolhida em jornais e revistas que relataram esta tragédia bem
como de testemunhos do naufrágio que vitimou 151 homens. Entre os
desaparecidos, contavam-se 37 pescadores da Póvoa de Varzim.

Em
escassas horas naufragaram, entre Aguda e Leixões, quatro traineiras (D.
Manuel, São Salvador, Rosa Faustino e Maria Miguel), salvando-se apenas seis
pescadores. Foi, sem dúvida, um acontecimento trágico que se abateu sobre a
classe piscatória do norte do país que será recordado pelos familiares dos
homens do mar envolvidos e ainda por algum dos poucos sobreviventes desta noite
de pavor e luto.

António
Cunha e Silva nasceu em 1941, em Leça da Palmeira e é autor de diversas
publicações sobre o mar e as suas gentes, para além de coordenador do
suplemento cultural “Artes 4uatro” do semanário “Matosinhos Hoje” e cronista
dos jornais, “Comércio de Leixões” e “Maré”. Belmiro Esteves Galego é natural
de Matosinhos, tendo sido reconhecido pela Junta de Freguesia, em 2006, com a galardão
de mérito cívico. É também autor de várias obras e exposições sobre a temática
“Mar e Pescadores”.

A obra “O Naufrágio de 1947 – Toda a saudade é um
cais de pedra” é uma homenagem dos autores, da Câmara Municipal de Matosinhos e
respectiva Junta de Freguesia a todos quantos sacrificaram as suas vidas no
mar, à qual a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim se associa recordando também
as vítimas poveiras deste naufrágio.