Desta vez, o tema abordado pela investigadora foi a “Entrada de estrangeiros na Póvoa de Varzim durante a  Segunda Guerra Mundial”.

A partir da documentação existente no Arquivo Municipal, Joana Leandro analisou 74 registos que lhe permitiram tirar algumas conclusões.

Houve dois picos de entradas de estrangeiros na nossa cidade: 1939 e 1941. Quanto ao tempo de demora, 67% permanente, 28% por seis meses e 5% por apenas três meses. Não há grande variação em relação ao sexo, sendo 51% masculino e 49% feminino, sendo na maioria casados (56%). As faixas etárias mais dominantes são entre os 30 e os 40 anos (27) e entre os 15 e os 29 anos (24).

Em relação à profissão, à mais predominante é doméstica (20), seguindo-se pescador (8) e marítimo (6), havendo ainda sete artistas e sete religiosas. Os restantes dividem-se em comércio, hotelaria/ restauração, educação, quadros de chefia e propriedade e ainda dois pedreiros, um serviçal e um caixeiro.

Entre outras curiosidades, Joana Leandro revelou algumas relações familiares entre os registos, sendo que havia dois casais, um caso de irmãs, e dois casos de mãe e filha.

Apesar deste ser o terceiro tema que apresenta sobre a história local, a conferencista mostrou-se disponível para novos desafios contribuindo, deste modo, para a memória coletiva da nossa terra.

Sempre na terceira quarta-feira de cada mês, o Arquivo volta a convidar a comunidade a assistir a estas sessões (À quarta (h)à conversa) e a conhecerem melhor o concelho da Póvoa de Varzim.