A cooperação traduz-se no comodato de dois imóveis contíguos à unidade hospitalar, cujo proprietário é o Município e no apoio financeiro 1 milhão e 500 mil € destinado às obras nos imóveis comodatados, em particular as obras de reabilitação, adaptação e ampliação.

Além deste apoio do Município, o Programa de Investimentos na Área da Saúde (PIAS) atribuiu ao Centro Hospitalar, para reabilitação e melhoramento das instalações e equipamento, o montante de 3 milhões e 230 mil €, sendo que parte dessa verba será destinada a garantir o investimento nas obras de reabilitação, adaptação e ampliação a realizar nos prédios cedidos pelo Município.

Este pacote inicial de investimentos previsto para este biénio (19-20), depois de concluído, terá um impacto positivo quer ao nível da eficiência, quer na melhoria generalizada das instalações e equipamentos do CH mas só ficará completa, depois de concluída a 2ª fase do projeto.

Nesta primeira fase, pretende-se construir um novo edifício para as consultas externas na Póvoa de Varzim, com uma área de construção aproximada de 1.500 m2, contendo mais de 30 novos consultórios, salas para exames e colheitas, entre outras construções preparatórias para o início da 2ª fase.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, considera tratar-se de um “dia histórico” para a Póvoa de Varzim no sentido em que marca “o início de um processo de grande modernização deste Centro Hospitalar e trará um futuro diferente para todos”. O edil acrescentou que “é também uma mensagem importante para os profissionais que todos os dias se questionam se vale a pena continuar a trabalhar neste Centro Hospitalar em função das condições que têm. Posso dizer-lhes que da minha parte e deste Conselho de Administração e do seu Presidente não vamos baixar os braços. Este milhão e meio e estas obras não ficam por aqui. Isto é o que queremos para quem cá trabalha, mas fundamentalmente a quem se dirige todo este investimento, aos 150 mil utentes que aqui vêm quando precisam de cuidados de saúde”.

O autarca transmitiu que este era “excelente exemplo de descentralização” e uma “cooperação efetiva quer seja sob o ponto de vista de cedência de instalações e de espaço quer seja sob o ponto de vista do financiamento”.

Apesar de 1 milhão e 500 mil € ser uma generosa parte do orçamento municipal, Aires Pereira revelou que “é aquilo que eu acho que faz sentido investir nesta fase para que a obra possa avançar já com uma dimensão que nos permite pensar numa futura ampliação, ou seja, não nos limitamos a uma obra de cosmética, estamos a projetar uma obra do futuro. Nesse sentido, vale a pena investir na melhoria do atendimento e das condições de saúde do nosso concelho em detrimento de obras de menor importância”.

O Presidente da Câmara fez questão de, neste momento de formalização do acordo, reconhecer publicamente o “envolvimento e determinação” da Ministra da Saúde, Marta Temido, “em avançarmos com este projeto”.

O Presidente do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde, José Gaspar Pais, começou por reconhecer que este protocolo era “de importância estratégica para o futuro desta instituição, uma vez que permite ultrapassar o principal constrangimento sentido ao longo dos cerca de 20 anos de existência do CHPVVC: a falta de espaço”. Esclareceu que “o acordo que hoje assinamos, marca o fim de uma etapa e o início de outra, que terá como principal investimento, a construção do novo edifício para as consultas externa da Póvoa de Varzim, no terreno, cedido pela Câmara Municipal, contíguo ao antigo quartel e que se prevê que esteja concluída no decorrer o primeiro semestre de 2021”.

José Gaspar Pais fez um agradecimento especial ao Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Eng. Aires Pereira e a seu executivo, porque desde a primeira hora demonstrou toda a disponibilidade para conhecer as virtudes, coerência, credibilidade e consistência do nosso projeto, tendo-se prontificado de imediato a apoiá-lo. Mas seguramente também por reconhecer a importância estratégica que o nosso CH tem para o território, que ultrapassa em muito a grandeza da nossa missão, de prestar cuidados de saúde à população, com qualidade e em segurança: pelo valor que geramos para a economia local, atendendo ao número de pessoas que empregamos, mais de 700 colaboradores, pela própria dinâmica que o movimento diário de pessoas, que frequentam os dois hospitais, mas também pela conservação dos seus históricos edifícios, ou até mesmo pelo papel crucial que a Saúde tem, quer para o desenvolvimento sustentável do turismo na região, quer para fixar os cidadãos”, além de “toda a qualidade e prestígio que o CHPVVC granjeia, na prossecução da sua missão, ao cuidarmos diariamente de mais de 1000 utentes, da forma como o fazemos”.