A peça estreia no dia 26 de Março, às 22h00, e subirá ao
palco no dia seguinte, 27 de Março, às 17h00, e nos dias 28 e 31, para duas
sessões diárias para o público escolar, sempre no Auditório Municipal. A
encenação é de Eduardo Faria, a pesquisa e dramaturgia de Joana Soares, a
cenografia e construção de marionetas de luz negra de Sandra Neves, a música e
sonoplastia de Rui Rebelo e as
interpretações e
manipulação são de Alexandre Sá, Maria Inês Silva e Eduardo Faria.

O poema original
foca, de uma forma crítica, a estrutura de poder nas sociedades. No mundo
actual, onde a intolerância do outro, a exploração do homem pelo homem e o
desrespeito pelo ambiente, são uma realidade constante, este espectáculo
torna-se pertinente e contribuímos para o despertar da consciência destes problemas
no homem de amanhã e no de hoje.

“Se os tubarões fossem homens, haveria entre
eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes
dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelras seriam
representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar
magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos
peixinhos nadam entusiasmados para as guelras dos tubarões. A música seria tão
bela, tão bela, que os peixinhos, sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam
em massa para as guelras dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais
agradáveis pensamentos” – Bertolt Brecht.

Sinopse:
“Era uma vez um homem que viajou até ao fundo do
mar. Era uma vez uma peixa irrequieta chamada Josefa, era uma vez um peixe pai chamado pai, viviam
sossegados num colorido coral, nadando e brincando. Até que um dia recebem uma inesperada visita de dois tubarões,
muito matulões e um pouco malandrões. Josefa é uma peixinha muito curiosa e não se deixa intimidar pelos
dentes afiados dos tubarões grandões, e com as suas perguntas consegue descobrir que existem peixinhos, peixes e
peixões e acima destes ainda os tubarões”.