Neste sentido, Aires Pereira advertiu que “urge que os responsáveis políticos dos partidos fundadores da nossa democracia se interroguem sobre as causas da sua erosão, que, a meu ver, têm origem na crescente dessintonia entre o que propõem e o que fazem, ou seja, na desvalorização da palavra”.

O Presidente da Assembleia Municipal confessou um “indizível sentimento de júbilo na evocação da mudança de regime para liberdade democrática” que esta cerimónia a que preside assinala. Numa reflexão sobre o conceito de cidadania e a sua importância na defesa da democracia e da liberdade, Afonso Pinhão Ferreira referiu que “sendo a via que exalta a participação crítica, a cidadania é alta intervenção política já que objetiva a integração individual enquanto perspetiva a igualização social”.

A cerimónia contou com as intervenções dos representantes de todos os partidos políticos que constituem a Assembleia Municipal de acordo com o regimento estabelecido, nomeadamente, Marco Mendonça, do Bloco de Esquerda; António Teixeira, da Iniciativa Liberal; José Carmo, do CDS – Partido Popular; João Martins, da CDU – Coligação Democrática Unitária; Miguel Rios, do Partido Chega; Diana Campos e Gonçalo Angeiras, do Partido Socialista e João Magalhães, do Partido Social Democrata.

Vários momentos culturais integraram esta sessão que abriu com o Hino da Póvoa de Varzim, e terminou com o Hino Português, solenemente interpretados pela Capela Marta, contando ainda com a interpretação de “Grândola, Vila Morena”, pelo Coro Pró-Música EMcanto e com uma performance artística pelo escritor e poeta Aurelino Costa e o guitarrista Carlos Costa.