A escritora natural de Huíla, no Sul de Angola, manifestou um enorme prazer neste encontro, numa escola situada à beira-mar, que teve início com a declamação de Vergílio Alberto Vieira de uma sua versão adaptada da “Nau Catrineta”. Os alunos tiveram oportunidade de navegar entre Angola e Portugal nas memórias destes dois escritores que os transportaram para o mundo dos livros e da leitura.

Ana Paula Tavares deixou, esta tarde, a promessa de que “se eu tiver um neto, se eu escrever um livro, esse livro será dedicado às crianças de Aver-o-Mar”.

A escritora angolana partilhou com Vergílio Alberto Vieira a opinião de que para se começar a escrever é necessário ler e “eu, em criança, lia muito, lia às escondidas. E comecei a escrever muito cedo, mas para a gaveta. Só decidi publicar quando tinha 31 anos”, revelou Ana Paula Tavares. “Nenhum escritor é bom escritor se não for um grande leitor”, referiu, a este propósito, Vergílio Alberto Vieira. O escritor e professor considera que a melhor fatia daquilo que escreve e a maior compensação da sua vida de escritor está na literatura infanto-juvenil, apesar de só o ter descoberto aos 35 anos. No entanto, os livros infanto-juvenis “dão-me imenso prazer. Rio sozinho enquanto escrevo”, afirmou Vergílio Alberto Vieira esboçando um sorriso.

E porque hoje é Dia dos Namorados, os escritores despediram-se dos alunos de Aver-o-Mar com dois belos poemas de amor.