O propósito era conhecer a nova estrutura
onde funciona o Centro de Emprego Protegido (CEP) e visitar as residências
autónomas cuja construção será concluída este mês, estando a inauguração
prevista para o próximo dia 23.

Os
Vereadores Andrea Silva, Afonso Oliveira e Luís Diamantino acompanharam o Presidente
nesta visita que começou pela lavandaria do CEP onde seis utentes do MAPADI
trabalham, com o apoio de pessoal técnico especializado. Ali, lavam, secam e
passam a ferro a roupa dos restantes utentes. O público em geral pode também
usufruir do serviço de lavandaria a preços bastante competitivos, apenas para
roupa de cama como lençóis e edredões, bastando que deposite os têxteis no MAPADI
de Terroso ou no da Póvoa de Varzim.

Junto da
lavandaria está a zona de apoio aos nove funcionários da hortofloricultura,
que, fazendo uso de parte dos 35 mil metros quadrados de área, semeiam e
plantam produtos hortícolas e flores, quer no espaço exterior, onde se viam já
várias espécies de ervas aromáticas, quer nas estufas. Os produtos cultivados
são utilizados para consumo próprio e também para venda a grandes armazenistas,
que depois os distribuem. 

visita MAPADI 01

A
construção do CEP, avaliada em 750 mil euros, teve o apoio da Câmara Municipal,
que atribuiu um subsídio na ordem dos 100 mil euros. Tem como objectivo
proporcionar um espaço para a formação profissional dos utentes, que assim se
prepararam para a entrada no mercado de trabalho.

Do CEP,
a comitiva seguiu para as residências autónomas em fase final de construção.
Estas servirão para acolher casais com deficiência, autónomos, que ali podem
viver em sociedade, usufruindo de um espaço privado, equipado e mobilado.

visita MAPADI 02

Inaugurado
há cinco anos, o Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) completa o perímetro
do MAPADI. Aqui, os utentes usufruem de várias salas de actividades, tendo
ainda salas destinadas a terapias várias, como hidromassagem, jacuzzi ou a
snoezelen, uma sala equipada com camas, cadeiras e baloiços e ainda um sistema
de som e luz que proporcionam momentos de bem-estar.

José
Macedo Vieira apelidou esta de “uma obra magnífica”, exaltando o carácter
social do MAPADI e o apoio que dá aos jovens “no sentido de lhes dar afecto e
escola, em termos de aprendizagem do saber e do fazer”. Sensível à necessidade
de financiamento, José Macedo Vieira recordou que a autarquia atribuiu
subsídios para a construção do CAO e também do CEP. Assim, existe também a
vontade de ajudar o MAPADI no que respeita ao financiamento das residências
autónomas. “É uma obra nobre e por mais dificuldades que a Câmara tenha,
tentaremos sempre apoiar”.

Uma boa notícia para Aparício Quintas, Presidente
do MAPADI desde a sua fundação. Recordando que o espaço em Terroso foi comprado
aos poucos, o Presidente explicou que, no que toca às residências autónomas, o
Estado tinha prometido um apoio na ordem dos 72% do valor total da obra, orçada
em 850 mil euros. No entanto, esse financiamento cobriu apenas 57%, tendo o
MAPADI que suportar os restantes 43%. Um esforço financeiro que obriga a
repensar projectos para o futuro. “O nosso sonho vai parar por aqui”, disse
Aparício Quintas, que vê assim o desejo de construir uma zona de lazer e um
pavilhão ocupacional, que permitiria criar novos postos de trabalho para os
utentes, adiado indefinidamente.