Póvoa de Varzim, 06.12.2013 - A “Chama da Paz” vai iluminar as ruas do concelho da Póvoa de Varzim no próximo sábado, dia 14 de dezembro.
É uma das ações que, todos os anos, reescreve os caminhos pela Paz por todas as freguesias poveiras no evento Encontro Pela Paz, cuja 15ª edição decorre de 11 de dezembro de 2013 a 11 de janeiro de 2014.
Uma tocha acesa vai percorrer todas as freguesias da Póvoa de Varzim transportada por atletas do concelho desde Balasar (8h30) até à Póvoa de Varzim (12h45). Os pontos de encontro são as Juntas de Freguesia. Os atletas vão passando a tocha entre eles nos locais de passagem em cada uma das 12 freguesias históricas da Póvoa de Varzim, perfazendo um percurso de cerca de 37 quilómetros.
No domingo, dia 15, haverá outra ação marcante. A Cerimónia pela Paz realiza-se no Pavilhão Municipal, pelas 15h30. A festa pela Paz irá começar com a largada de pombos em frente ao Pavilhão Municipal, seguindo-se o Concerto pelo Coro St. Dominic’s Gospel Choir.
Um dos pontos altos deste evento, sempre que as condições atmosféricas o permitem, é o cordão humano. Centenas de pessoas deslocam-se desde o Pavilhão até à Praça do Almada, numa caminhada de reflexão e partilha humana. Na Praça do Almada, atuam Ciliana Pereira (soprano) e Mário Ferreira (tenor), fazendo-se depois um minuto de silêncio.
No final, os participantes fazem a deposição da flor branca na taça da Paz, que fica colocada no Coreto da Praça do Almada até ao dia 1 de janeiro, altura em que as flores brancas serão lançadas ao mar, no Cais da Paz (junto ao edifício do ISN, porto de pesca). Quando o tempo não permite, esta cerimónia realiza-se no interior do Pavilhão Municipal.
No Diana Bar, é ainda instalada este domingo, dia 15 de dezembro, a “Árvore da Paz”. Até ao encerramento do encontro a população é convidada a deixar neste local a sua mensagem com votos de Paz.
Recorde-se que como marca geral do Encontro pela Paz foi adotada este ano a figura de Martin Luther King, um símbolo da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e o mais jovem Prémio Nobel da Paz (em 1964). A exposição de trabalhos dos alunos das escolas poveiras patente no Diana Bar até 11 de janeiro intitula-se “Martin Luther King – Eu tenho um sonho”.
Durante o período em que decorre o Encontro Pela Paz (de 11 de dezembro a 11 de janeiro) é feito o apelo à população para que coloque um pano branco na janela ou varanda.
Martin Luther King Jr., de etnia afro-americana, nasceu em Atlanta (EUA), em 15 de janeiro de 1929. Em 1954, tornou-se o pastor da Igreja Batista da cidade de Montgomery (Estado da Virgínia). Em 1955, aconteceu o incidente que levou a figura de Martin Luther King a ser conhecida como sinónimo de luta pelos direitos civis. Depois da prisão de uma negra que se recusou a ceder lugar no autocarro para uma passageira branca, King liderou o boicote aos transportes públicos durante um ano e dezasseis dias com muitas ameaças à sua vida. Foi preso e a sua casa foi várias vezes atacada. Mas o Senado americano pôs fim ao boicote ao proibir qualquer tipo de discriminação racial.
Em 1963, o ativista realizou nos degraus do Lincoln Memorial, em Washington, o famoso discurso “Eu tenho um sonho” para 250 mil pessoas. Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do Sul, o que culminou no seu assassinato, no dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha, num hotel de Memphis.