Numa conversa moderada por José Carlos Vasconcelos, Manuel Sobrinho Simões abordou a coexistência da “Ciência e Cultura” e revelou que aprende mais “em romances que em tratados de medicina” e que uma área não subsiste sem a outra. A ciência tem como missão “ajudar as pessoas” e para essa missão ser bem-sucedida é necessário relevar a saúde mental.

Exemplificando com o seu objeto de trabalho – a doença oncológica – o vencedor do Prémio Pessoa e laureado com a Medalha de Ouro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sublinhou que para compreender a doença é necessário, primeiro, entender a natureza e a humanidade e o melhor caminho é através da cultura.

“Só conseguimos aprender quando convivemos com pessoas de outras características e outras realidades e a leitura é o veículo ideal para essa compreensão”. Aprender para partilhar conhecimento, como se verificou com a descoberta dos genes, o “evento mais marcante da cultura científica”.

Para Manuel Sobrinho Simões a “ciência pura e dura” está condenada a ser substituída pelas ciências sociais e de humanidade, num caminho de preocupação “com a saúde ao invés da doença”, uma “evolução científica sensível” que priorize “o nós em vez do eu”.

Consulte o programa completo e acompanhe o 24.º Correntes d´Escritas no portal ou nas redes sociais da Câmara Municipal.