Renato Matos é advogado. Uma profissão liberal e assalariada ou, trocando por miúdos, sem patrão e sem salário. “Isto obriga a que um advogado seja muito rigoroso”, avisou, acrescentando ainda o gosto pela leitura e pelo estudo como condições necessárias ao bom desempenho na profissão. “Se acham que não conseguem resistir à preguiça, não vale a pena ir para uma profissão liberal”, frisou.

Já Luís Correia optou pela Gestão Hoteleira, uma área “onde se trabalha acima de tudo com pessoas” e que, como qualquer outra profissão, exige dedicação e empenho. “Na área hoteleira os horários são diferentes. Trabalhamos quando os outros estão a descansar”, apontou, elogiando, de seguida, os novos mundos que se abrem no ramo de hotelaria, em que pessoas de diversas culturas se encontram.

Reconhecida como profissão há pouco tempo em Portugal, ser designer não é para qualquer um. Assim defenderam Steve Sarson e Telmo Carvalho. “Eu até sei dar um chuto na bola mas nem por isso tentei jogar no Manchester United”, atirou Steve, natural da cidade berço daquele clube inglês. “Com um computador e vários programas eu posso pôr uma imagem ao lado de outra, isso é fácil, toda a gente faz”. O talento é necessário e o espírito de sacrifício também. Isto porque os designers tanto podem trabalhar em regime de freelance, estando sujeitos a variações no fluxo de trabalho, como em agências, sendo que estas estão concentradas nos grandes centros urbanos, obrigando a deslocações. Telmo Carvalho acrescentou ainda que ao designer cabe “ter uma atitude profissional. Cumprir os prazos, que muitas vezes são apertados, e saber lidar com os clientes, que nem sempre são fáceis”. Docentes no ESEIG – Escola Superior de Estudos Industriais e Gestão, mostraram-se ainda disponíveis para receber alunos naquele estabelecimento de ensino para o esclarecimento de dúvidas.

Sobre a engenharia civil os alunos presentes ficaram com a ideia que é uma profissão que actua sobre um vasto campo. Assim explicou Henrique Gonçalves, apontando a projecção, desenvolvimento, fiscalização, coordenação e controlo de obras, quer públicas, que privadas, como áreas de actuação para um engenheiro civil. O curso permite ainda que, no último ano, os potenciais engenheiros escolham uma de múltiplas especializações, que vão da geotécnica à engenharia hidráulica.

José Carlos Lima é professor de Multimédia na Escola Secundária Eça de Queirós, um curso tecnológico com uma forte vertente prática, preparando os alunos para o mercado de trabalho e dando-lhes bases fundamentais para completarem, com sucesso, um curso superior na área. Como o próprio nome indica, Multimédia permite uma formação generalista mas consiste, essencialmente, “no tratamento da informação e conteúdo para transmitir uma determinada mensagem”. Por isso, requisito essencial ao desempenho desta função é a “sensibilidade” e a predisposição para “perceber o que o público pretende”.

Alexandre foi, até há pouco tempo, capitão do Varzim S.C. Foi, por isso, falar de carreiras desportivas, mais concretamente, de jogadores de futebol. Um mundo profissional onde a dicotomia sonho/realidade marca presença. “Esta profissão é diferente das outras. Quando os outros estão a iniciar a sua carreira, com 24, 25, 26 anos, já nós estamos a chegar ao fim”, explicou, “as pernas não deixam jogar sempre”. Por isso, no desporto, pensa-se “forçosamente no pós-carreira”. Esta é a realidade, acompanhada por um sonho que não está ao alcance de todos. O glamour, os clubes de topo, os bons carros, os bons salários são benefícios a que muito poucos têm direito. “O sonho está limitado a muita pouca gente”, reforçou, fazendo-se valer do universo de futebolistas profissionais que existem em Portugal – mais de 3.000, a grande maioria a jogar por clubes desconhecidos. E o incumprimento salarial é uma realidade em muitos. “Ter talento não basta, não é isso que vos faz chegar lá cima. Acontecem uma série de coisas que vocês não conseguem controlar, uma lesão por exemplo. Têm que ter força de vontade, tentar sempre ser os melhores”. E aos trinta e poucos anos chega o fim. “Temos que começar uma nova vida”, contou, daí a “importância de estudar”, defendeu, “estudar e lutar pelos sonhos. Lutar apenas pelo sonho é perigoso, porque depois não têm onde se agarrar”.

A paixão pelo ensino e pela natureza levaram Teresa Cristino a tornar-se Professora de Biologia. Hoje, os estudos superiores já se processam de forma diferente de quando frequentou a Universidade, mas mesmo assim fez questão de explicar, em breves palavras, que hoje o curso já engloba as áreas de Biologia e Geologia.

A mesa redonda que hoje se realizou na Escola Secundária Eça de Queirós foi em tudo semelhante às que se têm vindo a realizar desde dia 27, nas escolas EB 2/3 Cego do Maio, EB 2/3 de Rates, Colégio de Amorim e EB 2/3 de Beiriz.

O Fórum continua até 9 de Maio, com um programa dirigido não só ao público escolar, mas também a todos aqueles que desejam encontrar novas opções no que respeita à sua formação. Veja no portal municipal o programa, as imagens e as notícias mais recentes.