Luís Diamantino, Vereador do Pelouro de Educação, mais uma vez deixou claro que a Câmara Municipal está “sempre disponível para colaborar com as escolas”. Daí a aposta na organização do Fórum, “ o primeiro do género a ser realizado nesta região”. Aproveitando a presença de pais e alunos, o Vereador incentivou-os a visitar a Mostra Informativa, patente do Diana Bar e Largo do Passeio Alegre, onde estão presentes dezenas de instituições de educação, formação e emprego. Mas aconselhou a que as opções dos alunos sejam “à sua imagem e semelhança, não à imagem e semelhança dos pais, ou à imagem e semelhança dos amigos”. Frisando que é muito importante deixar que os jovens escolham o seu caminho, acrescentou também que “é importante que os pais acompanhem os seus filhos, mas que não os dirijam”.

Tendo em conta que o mercado de trabalho é inconstante, são muitos os receios relativos a saídas profissionais. Mas para Luís Diamantino “aqueles que são bons, que investem, vão conseguir encontrar o lugar que querem. E mais importante ainda, nunca deixem de sonhar”.

José Manuel Castro, Subdelegado Regional do Norte do Instituto de Emprego e Formação Profissional e docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, conduziu a sessão começando por explicar que “outros tempos, outras músicas”, isto é, a própria educação e envolvimento da família foi mudando ao longo do tempo. Houve todo um conjunto de mudanças sócio-demográficas, os valores evoluíram, a qualificação e as condições de trabalho melhoraram também, assim como surgiram grupos de pertença apoiados, por exemplo, nas redes de sociais. “Isto mudou, mudará e continuará a mudar”. A pouco e pouco, instalou-se a ideia de que a formação é um investimento e que, como qualquer investimento financeiro pode também ser de risco. Basta pensar que o mercado de trabalho está dependente da situação económica de um país. No entanto, referiu, as estatísticas dizem que uma pessoa qualificada ganha em estabilização profissional, estão menos tempo no desemprego e têm ainda vantagens salariais. “Educar faz bem à saúde”, defendeu.

Porém, a verdade é que a importância da orientação é desvalorizada por muitos jovens. “Os alunos dizem que não precisam de orientação. Vocês só vão dar conta da importância da orientação quando derem conta que escolheram mal”. Mas mesmo assim, defendeu “a vida é um enorme palco de experiências” e a informação está em todo o lado, se bem que, explicou, a informação oral, aquela que passa na escola, entre amigos, é a mais valorizada ao invés da informação escrita. A construção de carreiras”não vem com GPS”, são os próprios alunos que, com a informação que recolhem, fazem o seu próprio mapa. E também não se pode esquecer que entre os jovens existe já uma certa predisposição para seguir um determinado caminho. “Se um jovem está a ponderar seguir determinado caminho, tudo o que aparece sobre o assunto ele recolhe. Tendem a captar elementos que reforcem a sua escolha”.

“Escolher é sempre rejeitar outra opção. Há escolhas com dor, mas que têm que ser feitas”. Por isso, é muito importante adquirir a capacidade de “ser activo, de antecipar, de compreender e de intuir”.

Nesta sessão de informação Noel Miranda, do Conselho Executivo, mostrou-se muito satisfeito por ver o auditório da Escola lotado, avisando todos os pais presentes que podem sempre contar com a comunidade educativa para colocar dívidas. Já Beatriz Guimarães, psicóloga ao serviço da Escola, fez uma breve apresentação dos vários cursos ministrados – cursos científico-humanísticos, cursos tecnológicos e cursos profissionais. E deixou também um conselho a todos os alunos. “Os alunos têm que ter em conta não só aquilo que gostam, mas também aquilo de que são capazes”.

O 7º Fórum de Saídas/Formação e Opções Profissionais é organizado pela Câmara Municipal e termina no próximo dia 9. Visite a página no portal municipal, onde pode consultar o programa, ler as notícias e ver as imagens dos eventos já realizados.