Está a chegar a 22ª edição do Correntes d'Escritas. Nos dias 26 e 27 de fevereiro, o Encontro de Escritores de Expressão Ibérica promovido pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim regressa num formato online, devidamente adaptado às provações dos tempos de confinamento.
A oportunidade de viver o Correntes será dada de forma segura e exclusivamente virtual, através das redes sociais do Município. Assim, o grande evento literário deixa o Cine-Teatro Garrett e os locais habituais, saindo da sua zona de conforto e abrindo portas ao mundo através da internet, com um crescimento e um fôlego renovados, por forma a provar que a cultura se consegue reinventar e sobreviver, mesmo nos momentos mais delicados.
Nos dois dias do Correntes d’Escritas irão realizar-se mesas online e conversas a dois entre autores, com a participação confirmada de uma grande panóplia de escritores de renome e de várias geografias da língua portuguesa e espanhola.
Os temas das mesas terão por base afirmações de Luis Sepúlveda e citações retiradas das suas obras de referência. O escritor chileno está, deste modo, em plano central da 22ª edição, sendo homenageado em todas as vertentes do Correntes. Destaque para o número 20 da Revista Correntes d’Escritas, inteiramente dedicado ao autor, proporcionando aos leitores uma viagem pela sua vida e pelas suas várias vertentes, como homem, escritor, marido, amigo, ecologista, humanista e, acima de tudo, defensor da liberdade, pela qual lutou em todos os momentos da sua vida.
Nesta edição especial do Correntes, que procura trazer o grande evento literário ao encontro das suas raízes poveiras, salienta-se a criação do projeto especial “As Penélopes”, uma proposta pluridisciplinar, que pretende (a)bordar a narrativa pouco explorada das camisolas poveiras na Literatura.
Consulte o Dossiê de Apresentação do 22º Correntes d’Escritas e fique a par de todas as iniciativas presentes no seu programa:
Com o mesmo entusiasmo da primeira edição, fazendo das fraquezas forças e renovando-se a cada contratempo, a Póvoa de Varzim volta assim a reunir os vários agentes da literatura de países de expressão ibérica à volta do livro e da leitura, de forma ímpar e heterogénea, reforçando as palavras de Mia Couto, que sobre o Correntes d’Escritas certa vez afirmou que “uma vez participado nos parece afirmado, sem pestanejo, que estaremos sempre lá, em toda a edição que houver. Porque somos nós as tais Correntes.”
