A sessão teve início com o ato simbólico da colocação da primeira pedra e descerramento de placa alusiva pelo Presidente da Câmara, pelo CEO da ENERGIE, Luís Rocha, e Luís Oliveira da AICEP. Seguiram-se os discursos, na sala de conferência da empresa.

O CEO da empresa explicou que “a ENERGIE teve necessidade de investir um milhão de euros numa nova unidade de continuidade, mais 1500 m2, à já existente para manter os seus níveis de crescimento. Este investimento vai contemplar novas instalações, um novo pavilhão, alteração de todos os processos produtivos, nomeadamente no que diz respeito aos equipamentos para que os produtos da ENERGIE vão ao encontro da norma 4.0”.

A questão ambiental também está na base deste investimento e, a este respeito, Luís Rocha esclareceu que “vamos alterar grande parte dos produtos que já usávamos em termos de matérias-primas mais amigas do ambiente e conciliáveis com a economia circular”, acrescentando tratar-se de “produtos com grande durabilidade, esperança de vida na ordem dos 20 anos de modo a reduzir o consumo de energia e a poluição”. Revelou ainda que “os mercados da Europa têm, efetivamente, uma consciência ambiental e cada vez vão ter mais”.

Luís Rocha revelou que a empresa está em expansão a nível nacional e internacional, estando já presente em 50 países (40 ativos) e tem como objetivo para este ano “crescer mais 10% sobre os 30% de 2019 e começar a faturar acima dos dois dígitos, ou seja de 8,5 milhões para 10 milhões”.

O crescimento da empresa e consequente aumento das instalações também permite a criação de emprego, sendo que aumentou de 40 para 50 o quadro de funcionários, contratando mais 10 pessoas.

O Presidente da Câmara Municipal começou por dar nota daquilo que tem sido a “luta de Luís Rocha nesta área cada vez mais complicada sob o ponto de vista da sustentabilidade enquanto empresa e num setor altamente competitivo como o que está inserido. É de enaltecer uma pequena empresa da Póvoa de Varzim lutar a esta escala global pela credibilização dos seus produtos e poder ter uma presença tão significativa em tantos espaços e áreas do nosso globo”.

Sobre o papel que a Câmara Municipal poderá ter em relação às empresas do concelho, Aires Pereira transmitiu que “a principal ajuda que o Município pode dar é não complicar, ou seja, ser um parceiro”.

O autarca falou da política fiscal do Município lembrando que, há seis anos, não há aumento da carga fiscal e, nesse sentido, tem-se mantido a taxa de IMI no mínimo o que representa, por ano, cerca de 5 milhões de euros que deixaram de ser cobrados e ficam na mão dos munícipes e proprietários de imóveis no concelho da Póvoa de Varzim. Acrescentou que, na Área Metropolitano do Porto, “somos o único Município que não cobra derrama sobre o IRC, ajudando, deste modo, as empresas”. Além disso, não houve aumentos nos serviços de água, saneamento básico e resíduos.

A este propósito, transmitiu que estas medidas resultam numa zona industrial comprometida na sua quase totalidade com novos investimentos, ou seja, esta política tem aliciado os nossos industriais e as novas empresas a fixarem-se nesta área (Parque Industrial de Laundos).

O Presidente da Câmara referiu-se à tão pertinente questão ambiental e novas oportunidades que daí advêm: “temos que ser muito mais competitivos e, daí o espaço para a inovação e desenvolvimento. Os desafios são muitos e é preciso coragem para avançar com novos investimentos e ter esperança no futuro”.

Nesse sentido, Aires Pereira deus os “parabéns à Energie pela coragem de avançarem com mais este investimento e por criarem mais postos de trabalho”, manifestando a “disponibilidade do Município para continuar com parcerias ativas para o desenvolvimento industrial e para aquilo que pretendemos para o nosso futuro coletivo: melhor qualidade de vida, mais e melhor emprego e mais riqueza”.

Seguiu-se uma visita às instalações da empresa.