Esta celebração, organizada pelo Conselho Económico Paroquial, respeitou todas as normas de segurança relativas à situação excecional em que vivemos. Por motivos de espaço e para evitar o perigo de contágio, a cerimónia não foi publicitada, com a consciência que a máxima de que cabe sempre mais um não pode ser aplicada em tempos de pandemia. 

Nas palavras do padre Guilherme, a festa foi a possível “pela saúde de todos” e não foi festejada “como a ocasião merecia”. Ainda assim, o pároco considera que “rezamos por quantos pagaram e ajudaram a construir esta igreja, por quantos a zelaram ao longo destes 100 anos, e recordamos a sua história, na certeza de que em breve vamos poder comemorar juntos esta data, como a família e os amorinenses merecem”.

Benzida e aberta ao público há um século, a Igreja Nova de Amorim deve a sua fundação à benemerência de quatro irmãos emigrados no Brasil: Manuel João Gomes de Amorim (1848-1900), António João Gomes de Amorim (1862-1919), Francisco João de Amorim (1864-1931) e Joaquim José Gomes de Amorim (1858-1926), que compraram o terreno, encomendaram o projeto ao arquiteto Adães Bermudes e em fins de outubro de 1905 começaram as obras de construção do edifício, que duraram até 1910. Com a implantação da República, devido ao ambiente anticlerical e à nacionalização dos bens da Igreja, o edifício manteve-se fechado por dez anos.

A 5 de setembro de 1920, a freguesia engalanou-se para celebrar condignamente tão elevado acontecimento da sua história. Formaram-se, para esse efeito, várias comissões de paroquianos para a realização desta grande festa de inauguração e ainda para a angariação de fundos para a conclusão das obras. A partir desta data, o serviço paroquial, com o consentimento da família Amorim, passou a realizar-se na Igreja Nova. Todas as confrarias e devoções passaram para a Igreja Nova, com exceção da Confraria das Almas que se manteve na Igreja Velha.