O público ficou a conhecer mais três livros de poesia: 69 Poemas de Amor, de Casimiro de Brito, da editora 4 Águas; A Cabeça de Fernando Pessoa, de Luís Filipe Cristóvão, editado pela Ardósia, uma associação cultural de Cascais; e Fértil Província I  Desterrada, do chileno Bruno Serrano, com edição da Yaganes.

Foram também lançados Blues de Um Gato Velho, de Óscar Málaga Gallegos, da Teorema, e O Mundo é a Nossa Casa, de Júlio Moreira, com a chancela da Guimarães Editores. Publicado pela primeira vez em 1973, este livro seria, pouco tempo depois, “apreendido e destruído”, contou na sessão o engenheiro agrónomo e arquitecto paisagista Júlio Moreira. Em 1975 seria novamente editado pela Comissão Nacional do Ambiente. Agora, parte dos textos e desenhos foram actualizados e o livro está de novo disponível para os que queiram “perceber a relação que existe entre as pessoas e o seu meio”. Os autores da versão original são, além de Júlio Moreira, Cristina Reis, Sena da Silva e Margarida d´Orey. Miguel Freitas da Costa esteve ao lado do autor em representação da Guimarães Editores.

Blues de Um gato Velho, de Óscar Málaga Gallegos, é “um romance de amor” de “um amor tranquilo”, nas palavras do autor que apelou aos presentes para que comprassem o seu livro (disponível na Feira que decorre até ao final do Correntes d´Escritas). A Teorema esteve representada na sessão por Carlos Veiga Ferreira.

Fértil Província I Desterrada, foi apresentado por Eloy Santos, poeta e amigo do autor. O livro ganhou um prémio no Salão do Livro Iberoamericano, em Gijón, Espanha. O autor, Bruno Serrano, faz no livro “um testemunho de uma vivência pessoal através da linguagem poética”, afirmou Eloy Santos. Luís Sepúlveda, que prefaciou Fértil Província I Desterrada escreveu que se trata de “um livro escrito para defender com dureza a ternura”. Na apresentação Bruno Serrano leu um dos poemas em português.

A Cabeça de Fernando Pessoa, de Luís Filipe Cristóvão, é “uma homenagem a vários autores que fazem com que estejamos aqui hoje”, explicou Luís Filipe Cristóvão. “Nasci em 2006 na Póvoa de Varzim quando vim apresentar o meu primeiro livro”, contou aos presentes o autor.

Casimiro de Brito leu alguns poemas que integram 69 Poemas de Amor, editado pela 4 Águas. 69 é uma alusão ao aspecto “brejeiro” associado a este número. Por outro lado, o último poema do livro foi escrito quando o autor tinha 69 anos de idade.

Casimiro de Brito diz que este é um livro “um pouco secreto” porque é  representativo do seu universo afectivo.