O ponto alto do evento foi a imponente procissão de Nossa Senhora d´Assunção, que se realizou ontem. Considerada pela organização como a mais rica e sumptuosa de Portugal, a procissão partiu da Igreja da Lapa, sempre acompanhada pelos milhares de devotos, percorrendo as principais artérias da Póvoa de Varzim até terminar em frente ao porto de pesca. Aí chegados, os andores foram virados para as águas atlânticas, para o lançamento de milhares de foguetes em saudação à virgem padroeira dos pescadores.

A procissão deste ano integrou a Fanfarra dos Escuteiros de Ronfe (Guimarães) e todas as Confrarias e Irmandades da Póvoa de Varzim, que reuniram 250 anjinhos e nove andores, carregados, como é tradição, por gente ligada ao mar, em homenagem à Senhora d´Assunção. Durante a passagem da procissão, pela rua 31 de Janeiro, saltaram à vista dos visitantes a beleza dos habituais tapetes de flores que a ornamentaram.

As Festas tiveram início no sábado, com a realização da Missa Vespertina. O cantor poveiro Francisco Nova e As Tricanas Poveiras foram responsáveis pela animação musical noturna no Largo António Nobre. Domingo tiveram lugar duas missas, a Missa Dominical e a Missa de Vigília, que antecederam a atuação do Grupo Ponto Final e uma grande sessão de fogo-de-artificio a encerrar o dia.

O feriado religioso de 15 de agosto começou com uma Missa Solene de Festa, animada com o coro paroquial, que precedeu a procissão. Este terceiro dia terminou com a atuação das Tricanas da Lapa, às 21h45, no Largo António Nobre e com nova sessão de fogo-de-artificio às 24h00.

As Festas, contudo, só terminam na próxima segunda-feira, 22 de agosto, com a cerimónia matinal do Beija-mão e a realização de uma missa às 18h00. Organizadas pela Real Irmandade da Nossa Senhora da Assunção – Fábrica da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Lapa, as Festas realizam-se na Póvoa de Varzim há largas dezenas de anos e demonstram o profundo sentimento de religiosidade do pescador poveiro à Virgem d´Assunção, que considera como sua Padroeira por lhe valer nos momentos de aflição e o proteger e salvar do mar traiçoeiro que enfrenta diariamente.