O
autarca explicou que “o município está a assumir o compromisso de assegurar aos
Bombeiros Voluntários o mesmo montante entregue no ano passado, €90.000
(noventa mil euros)”. Para Aires Pereira, “com este esforço suplementar
pretende-se auxiliar esta associação a cumprir a missão nobre que têm e a sua
capacidade para continuarem a manter o seu voluntariado. Os poveiros vão,
assim, continuar a dormir descansados, sabendo que estes homens e estas
mulheres têm condições para nos proteger e socorrer”. O Vice-Presidente
assegurou que “o município tudo irá fazer para que os Bombeiros continuem
ativos e possam desempenhar a salvaguarda de pessoas e bens”.

Rui
Coelho, em representação dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, afirmou
que “estava à espera de uma redução deste subsídio e fiquei muito feliz ao ter
conhecimento que o valor se iria manter”. O Presidente da associação assumiu o
seu pessimismo em relação ao futuro das corporações de Bombeiros: “temos na
Câmara Municipal um parceiro sempre presente e quando tudo nos falta, é aqui
que encontramos uma solução para os nossos problemas. Mas, o futuro adivinha-se
negro. Com as novas regras do transporte de doentes, onde as corporações iam
buscar alguma receita, juntamente com os parques de estacionamento, no nosso
caso em particular, os Bombeiros vão ter dificuldades em cumprir a sua missão
voluntária. Como já referi, ninguém nos paga para combatermos incêndios, por
exemplo, e ao deixarmos de ter uma fonte de rendimento, as outras áreas vão ser
afetadas. Espero que este Governo, ao tentar resolver um problema, não vá criar
um ainda mais grave”.

Questionado sobre esta matéria, Aires Pereira sublinhou
que “estamos a olhar para o que, para o município, é essencial. Naturalmente
que também temos as nossas dificuldades, mas, no que diz respeito aos poveiros,
podemos dizer que nunca deixaremos de assumir as nossas responsabilidades e
estaremos sempre como suporte para que estas funções básicas nunca deixem de
existir. Poderemos ter que cortar noutras coisas, mas ninguém compreenderia se
houvesse um incêndio não existissem condições para o combater”. O autarca
afirmou que “o Estado tem que racionalizar os custos, mas isso não pode ser
feito à custa de uma degradação das condições de segurança das pessoas”.