Estiveram
presentes neste acto inaugural de descerramento das placas toponímicas José
Macedo Vieira e Aires Pereira, Presidente e Vice-Presidente da Câmara
Municipal, e Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura.

Participaram
ainda membros do Rotary Club da Póvoa de Varzim e elementos da família de Jorge
da Silva Barbosa, respectivamente entidade e personalidade homenageadas, que
deram nome às ruas.

 

Sobre o Rotary Club da Póvoa de Varzim

O
Rotary Club da Póvoa de Varzim teve instalação provisória em 07/03/1964. A
admissão em Rotary teve lugar a 25/05/1964, tendo sido atribuído o número 12021
de inscrição em Rotary. O primeiro Conselho Directivo do Clube integrou os
seguintes elementos: na presidência João Caetano Nunes Guerreiro, na
vice-presidência Afonso Fernando, como secretários Aparício Faria Mariz e José
Rodrigues Beja, no protocolo Rui Calafate e como tesoureiro Manuel Agonia
Frasco. O Rotary Club da Póvoa de Varzim é o 24.º em antiguidade a nível
nacional e é o 15º em antiguidade a nível distrital, desde que foi implementada
a divisão do território nacional em dois distritos, em 1970. Entre os anos
setenta e noventa do século XX, o Rotary Club da Póvoa de Varzim foi
responsável pela organização de diversos encontros rotários de âmbito nacional
e internacional, o que atesta o prestígio dos seus membros. Além disso, em
várias ocasiões, rotários poveiros assumiram cargos dirigentes a nível
distrital. Ao longo dos anos, o Rotary Club da Póvoa de Varzim desenvolveu
projectos relevantes nas áreas do apoio social, da saúde e da educação e formação
ao longo da vida, destacando-se a criação da Universidade Sénior em 2007. É
ainda de notar que a actividade rotária está assinalada em vários espaços
públicos da Cidade, onde foram plantadas árvores da amizade e foram colocadas
pedras alusivas, a saber, na Praça Marquês de Pombal, nos jardins do Hotel
Vermar e na Praça Luís de Camões. A comprovada relevância da acção desenvolvida
pelo Rotary Club da Póvoa de Varzim deve ser publicamente reconhecida através
da inscrição, na toponímia local, do nome da instituição.


Sobre Jorge da Silva Barbosa

Jorge da Silva Barbosa [1913-2006] nasceu na Póvoa de
Varzim em 28 de Março de 1913. Frequentou os ensinos primário e secundário na
sua terra natal e prosseguiu os estudos no Liceu de Rodrigues de Freitas, no
Porto. Concluiu a licenciatura em Medicina, na Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto, em 1937, com distinção. Diplomou-se, ainda, com o Curso
de Medicina Sanitária.

Frequentou o Curso de Oficiais Milicianos na 1ª
Companhia de Saúde e no Hospital Militar Regional nº 1, Porto, em 1937 e 1938,
ano em que passou a fazer parte do Quadro de Oficiais de Complemento do Serviço
de Saúde.

Iniciou a sua actividade de Medicina privada em 1937 e
em 1938 ingressou no Quadro Clínico do Hospital da Santa Casa da Misericórdia
da Póvoa de Varzim. Exerceu também Medicina Castrense e Medicina Forense.

Apaixonado pela vida e história da sua terra natal, na
linha de seu irmão Fernando Barbosa, dedicou-se à investigação, ao estudo e à
publicação de trabalhos de história local, biografias de personalidades
diversas e crónicas sobre temas poveiros. Colaborou, desde 1967, no Boletim Cultural Póvoa de Varzim com
vários trabalhos, destacando-se o trabalho ímpar “Toponímia da Póvoa de
Varzim”, que constitui o mais completo levantamento nesta área.

Em 20 de Março de 1994 foi homenageado pela Junta de
Freguesia da Póvoa de Varzim, que lhe atribuiu o título de “Poveiro do Ano”, e
pelo Município, que o condecorou com a “Medalha de Reconhecimento Poveiro”.

 

Placas
toponímicas

Em 2008, a Câmara Municipal decidiu adoptar um novo
modelo de placa toponímica totalmente feito à mão e onde se evocam as cores da
cidade, as tradicionais siglas, os aprestos de pesca, os barcos e o mar, a par
de, nos casos em que tal é possível, a efígie da figura histórica que dá nome à
praça ou à rua em questão.

Encomendadas pela autarquia ao artista plástico
Fernando Gonçalves, mais conhecido como Nando pela forma como assina os seus
trabalhos, as novas placas recuperam memórias poveiras e introduzem um aspecto
afectivo na identificação das ruas, uma vez que cada uma é uma obra de arte
única por ser integralmente feita à mão.

Saiba mais sobre a toponímia poveira, aqui.