O espectáculo
integra-se na Temporada Teatral na Póvoa de Varzim, a cargo do Varazim Teatro.

 

Sinopse
de O Guardião do Rio:

“A
vida está dependente de coisas pequenas. São importantes as conjunturas, as
opções do plano e os pactos de instabilidade sem crescimento, claro. Mas as
coisas pequenas… Que seria a vida sem a amizade e sem a poesia, Mas importante
mesmo são as coisas pequenas, Os parafusos por exemplo, são importantes. As
coisas caíam se não estivessem aparafusadas. Tudo se mexia e saía do sítio, não
haveria sossego.

Mas
vida está mesmo dependente é das coisas pequenas. Muito pequenas mesmo. Como as
endorfinas. O mais famoso dos neuro-hormônios produzido pelo glândula hipófise”.

 

O Teatro da Palmilha Dentada faz a sua
apresentação e a do espectáculo:

“Depois
de ter pensado acabar, a Palmilha Dentada pensou melhor e lembrou-se de
continuar. Desta vez mais pequena – só um actor, Ivo Bastos.


o resto é quase o mesmo: texto e encenação de Ricardo Alves, sonoplastia e música
original de Rodrigo Santos, direcção plástica de Sandra Neves com Joana
Caetano, direcção de produção de Adelaide Osório e… – agora a novidade da ficha
técnica – o regresso da carismática, mas já esquecida, figura do ensaiador,
papel a cargo de Nuno Preto. Mas só por dois ensaios.

Para
ficar completa a apresentação deste espectáculo falta apenas falar do
espectáculo em si. O título é “O Guardião do Rio” e é sobre o aborrecimento.
Mas não é aborrecido. É daquelas comédias levezinhas que assenta fundamentalmente
em truques cénicos e em trabalho de actor. O actor é muito bom e vai muito bem.
A cenografia, apesar de escassa, é bonitinha. Mas os bonecos, mascaras e
marionetas compensam porque são realmente fabulosos. A música… a música fica no
ouvido, as melodias são ritmadas.


o texto, não sendo Shakespeare, serve a função. Não é daqueles textos contemporâneos
que pretende chocar, com a linguagem utilizada, com o nobre intuito de acordar
as pessoas do marasmo. São umas piadas, mais ou menos alinhas, e que no fim,
talvez, façam algum sentido para o espectador. Verdade se diga que se não faz
mal a ninguém ver, também não podemos garantir que faça bem. Mas pelo menos
passa rápido é uma horita, mais coisa menos coisa.

A
faixa etária é para maiores de 16 anos, não tanto pela linguagem utilizada ou
temas abordados, mas porque na verdade não gostamos muito de crianças e
adolescente. E mais a mais, às 21h46 eles tem é que estar a dormir e não andar
pelos bares a ver peças de teatro de moral duvidosa.”