A Sede do Clube de Caçadores da Estela encheu-se, ontem à noite, para a apresentação do livro de José Macedo Vieira.
Depois de ter lotado o Diana Bar no passado dia 10 de julho, o ex-presidente da autarquia poveira voltou a apresentar o “Póvoa Nova”, contando com a presença de Noronha de Nascimento, Ex-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
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“Póvoa Nova”, título que se deve a Manuel Lopes, é uma resenha histórica de duas décadas em que Macedo Vieira presidiu à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim (1994-2013).
O autor já tinha transmitido a felicidade que sentiu com o lançamento desta obra. “É a assunção de um compromisso com a natureza, isto é, todos dizemos que temos que plantar uma árvore e eu tenho plantado muitas, ter um filho, eu tenho dois filhos e um neto, e escrever um livro. Este livro traduz exatamente aquilo que vivi e senti durante 20 anos na minha terra”, revelou.
O antigo autarca contou que “interrompi a minha profissão no auge da carreira com um projeto de vida diferente, com aquilo que nunca sonharia vir a fazer: pegar na minha terra e revirá-la. Eu e a minha equipa conseguimos dar uma volta total à cidade. E hoje, olhando para traz, sinto alguma felicidade porque acho que mudei a terra”.
Macedo Vieira recordou que, há 20 anos atrás, “havia a sustentação da ideia de um projeto que ia ser implementado na cidade. Tinha um conjunto de prioridades que ao longo do tempo iam sendo implementadas em função da mudança, sem rutura política e social. Houve mudança de regime autárquico, mudança e revolução urbanística da cidade mas sem criar fraturas ideológicas ou sociais pois era importante ganhar eleições”.
Neste sentido, lembrou, como dizia o Senhor Alfredo Silva, “um homem que nos acompanhava nas campanhas eleitorais: «isto não é difícil mas, ao mesmo tempo, não é fácil». Conseguimos cinco mandatos com equipas dinâmicas e trabalhadoras com o objetivo de fazer as pessoas felizes e terem melhor qualidade de vida”.
O antigo Presidente da Câmara transmitiu que “o livro traduz que havia uma ideia e um projeto. Era necessário marcar para a história o que era a Póvoa de Varzim porque as mudanças foram tão grandes em tão pouco tempo. Era também preciso registar isso no tempo para que um dia alguém faça a história da terra”.
Outro aspeto muito importante que o ex-autarca constatou foi que “conseguimos mudar os hábitos das pessoas. E isso é muito difícil em política. Quando inaugurávamos um espaço, as pessoas ocupavam-no logo porque se identificavam com ele”.
Em suma, referiu que o livro também traduz “a mudança, o antes e o depois; como constituí as equipas; a projeção do futuro e também um pouco de doutrina política local, aquilo que acho que deve ser o modelo de desenvolvimento e de governação local”.
Questionado sobre as obras que marcaram as duas décadas de mandato, Macedo Vieira destacou “duas ou três obras que gostei de fazer: Parque da Cidade e Via B, como obras de futuro, e o arranjo do interior do Porto de Pesca, pela ideia inovadora. Fui o primeiro em Portugal a conseguir que o espaço passasse a ser da cidade e não da administração portuária. O saneamento também foi algo marcante para o concelho. Felizmente, fizemos muita obra”, concluiu.
Macedo Vieira reconheceu que foram “20 anos muito ricos e hoje, finalmente, transponho a fronteira do político para o cidadão comum, com muito orgulho”.
Atualmente dedica-se à atividade industrial da família, trabalha com o irmão, sobrinho e filho, numa indústria com quase 50 anos e que vai na 4ª geração. Para além disso, nos tempos livres e de lazer, pratica desporto, dedica-se à caça e à leitura. “Felizmente, passo bem o tempo”, revelou.