Aires Pereira pretendeu mostrar em que fase se encontram as três das mais necessárias empreitadas realizadas nos últimos anos no concelho.

A digressão teve, então, início no Centro Coordenador de Transportes, um investimento de mais de um milhão e 600 mil euros e que contempla a renovação integral das áreas destinadas aos utentes. Da antiga Central de Camionagem restou, apenas, o “esqueleto”. Dentro de pouco tempo vão existir espaços verdes, zonas distintas de embarque, carregadores de veículos elétricos, uma área confortável de espera e, ainda, um Centro de Incubação de Empresas e vários escritórios que, a partir de setembro (mês em que serão finalizados os trabalhos) irão funcionar neste edifício. Numa primeira fase será aberto concurso para as empresas de camionagem que pretendam ocupar estes espaços e, numa segunda fase, para qualquer empresa que precise de um escritório. O objetivo é dinamizar o Centro de Transportes e aquela zona da cidade.

Com a visita às Escolas EB 2/3, o Presidente da Câmara Municipal pretendeu “fazer o contraditório entre coisas bem feitas e coisas mal feitas. As equipas projetistas são as mesmas, as equipas de fiscalização também. A única diferença é que as empresas de construção não são as mesmas. Na Escola Dr. Flávio Gonçalves o intuito foi realizar uma visita testemunho para que as pessoas se apercebessem até que ponto foi necessário chegar para que a Câmara Municipal fosse obrigada a tomar posse administrativa no passado mês de abril e lançar, agora, um novo procedimento concursal para voltar a colocar aquela obra nos eixos”. A decisão de resolução do contrato, com alegação de justa causa com a empresa Vierominho II, foi bem recebida pela Diretora do Agrupamento, Dores Milhazes. A professora agradeceu a Aires Pereira o esforço para dar melhores condições às centenas de crianças que estudam naquele estabelecimento. No entanto, enquanto trabalhou na Escola, a empresa apenas deteriorou essas mesmas condições, abrindo diferentes “postos de batalha” e não terminando nenhum deles. De facto, encontrámos desde revestimentos e pavimentos de “famílias” diferentes nas mesmas salas, aproveitamento de materiais impróprios (madeiras com furos de parafusos, por exemplo), azulejos verdes com tons totalmente díspares, tetos que supostamente estariam terminados ou portas demasiado pequenas a que foram adicionadas ripas de madeira para que servissem nos respetivos locais.  

Todavia, Aires Pereira colocou um novo prazo para o término da Escola. “Em setembro de 2021 os alunos terão o espaço que tanto merecem. Sempre tivemos a máxima compreensão por parte dos alunos, dos pais e do Conselho Diretivo, que acompanharam todo o processo e testemunharam a falta de capacidade que a empresa tinha”.

Finalmente, na Escola EB 2/3 de Aver-o-Mar, “que também passou por uma fase conturbada com uma empresa que percebemos logo que nos iria dar muitos problemas (Habitâmega – Construções SA), estará pronta para receber os alunos no início do ano letivo (após ter sido efetuado novo concurso público e, desta feita, a empreitada ter sido entregue à empresa Construções Corte Recto, Lda.). Temos aqui uma excelente obra de arquitetura e de execução da empreitada. O investimento nas escolas tem que ser a maior prioridade em qualquer autarquia. A população escolar de Aver-o-Mar, docente e não docente, sofreu bastante ao longo dos anos. A Escola tinha sido mal construída e agora estamos a colocar uma marca distintiva que honrará quem aqui trabalha e estuda”.