A Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim celebrou o seu 146º aniversário, no passado sábado. O Presidente da Câmara Municipal esteve presente na sessão comemorativa, na qual a Federação de Bombeiros do Distrito do Porto homenageou a Associação dos Bombeiros da Póvoa de Varzim com a atribuição da Medalha Covid, como reconhecimento ao trabalho realizado pela instituição e corporação durante o período da pandemia.
No seu discurso, Aires Pereira assumiu que “enquanto responsável máximo pela Proteção Civil, sente-se na obrigação de estar atento às necessidades dos Bombeiros” e por isso, “visto a farda destes homens. Sou um dos vossos”, assumiu, reiterando a sua disponibilidade: “podem continuar a contar comigo para a nossa/ vossa missão”. O Presidente da Câmara reconheceu que “o Estado está cada vez mais distante, longe e irresponsável e por isso, temos que ser nós a atuar. Temos que nos unir e criar as condições para que o socorro seja assegurado em tempo útil e de forma responsável”.
E a propósito da inoperância do Governo, nomeadamente perante o fecho de várias urgências hospitalares, entre as quais a da Póvoa de Varzim, Aires Pereira disse que “é um momento de grande responsabilidade para Portugal e os bombeiros não sabem para onde é que vão levar os doentes/ sinistrados, e mais uma vez, vão ser chamados a não falhar”. O autarca não compreende as decisões do Governo quanto ao atual sistema do Serviço Nacional de Saúde e afirmou que “a população portuguesa está completamente desamparada, sem ninguém a olhar para ela com preocupações. Vão morrer pessoas, mais uma vez que não tinham que morrer, por falta de assistência”.
As cerimónias comemorativas deste 146º aniversário contaram também com a entrega de medalhas honorificas a bombeiros e dirigentes da associação, com destaque para a distinção ao Chefe Caseira, pela sua dedicação à instituição ao longo de várias décadas. Na parada e perante toda a corporação, familiares de bombeiros, entidades civis e religiosas, e dirigentes da instituição, foram benzidas três viaturas, uma de combate e duas de transportes de doentes não urgente. O dia comemorativo prolongou-se com o tradicional corte de bolo e um desfile motorizado das dezenas de viaturas, pelas ruas da cidade.