O principal objectivo deste investimento é dotar as freguesias de rede de drenagem de águas residuais em substituição das fossas sépticas e das descargas ilegais nos cursos de água, cumprindo com o previsto no Plano Director Municipal de Saneamento Básico. Assim, com a execução das infra-estruturas de drenagem de águas residuais e a sua recolha com destino à futura ETAR, melhoram-se as condições ambientais recuperando os cursos de água que atravessam as freguesias.

A última intervenção, que pôs fim às obras de saneamento, decorreu nas freguesias de Terroso, Amorim, Navais e numa pequena parte da Estela. A rede de drenagem de águas residuais dividiu-se em duas empreitadas – Navais/Estela e Amorim/Terroso – que totalizam um investimento de quase 5,5 milhões de euros, co-financiado a 60% com verbas do III Quadro de Apoio Comunitário (QCA). Mas é a Câmara Municipal que paga, na íntegra, as redes de águas pluviais e de abastecimento de água, que foram construídas ao mesmo tempo.  De facto, a empreitada abrangeu a construção da rede de saneamento, da rede de escoamento de águas pluviais, de abastecimento de água e a recuperação do piso de estradas e passeios nas três freguesias, após a intervenção. Mais de 51 quilómetros de colectores para águas residuais, 1 400 caixas de intercepção e 43 quilómetros de colectores para recolha de águas pluviais, com as respectivas 1 595 caixas de intercepção foram implementadas apenas nestas duas empreitadas, nas freguesias de Amorim, Terroso e Navais, bem como mais de 15 quilómetros de abastecimento de água.

planta de saneamento do concelho

Planta de saneamento do concelho

Com estas últimas frentes de intervenção, a autarquia vê concluído o ambicioso projecto de levar o saneamento a praticamente todo o concelho, faltando ainda parte da freguesia da Estela, Laundos, Rates e Balasar. E, nos últimos anos não tem parado a construção deste tipo de infra-estruturas, que em 2003 beneficiou as freguesias de Argivai, Beiriz e Amorim (sul), onde foram instalados mais de 80 quilómetros de canalizações para águas residuais e pluviais e reconstruídas inúmeras ruas e passeios, que melhoraram consideravelmente a estética dos locais intervencionados. Tudo isto implicou um investimento de mais de cinco milhões de euros.

A construção de redes de saneamento é sempre das obras mais complicadas de realizar, uma vez que obriga a grandes investimentos, causa grandes transtornos às populações, que raramente percebem a importância deste tipo de infra-estruturas, e o seu resultado final não tem qualquer visibilidade, excepto a nível da repavimentação.

Apesar das dificuldades, a Câmara Municipal tem realizado grandes investimentos nesta área, que tem sido, de resto, nos últimos anos, considerada como uma prioridade, uma vez que seria impossível planear a evolução de um concelho descurando questões tão importantes como o saneamento básico, ligado directamente à qualidade de vida das populações e à defesa do meio ambiente.

A implementação deste tipo de infra-estrutura começou no final dos anos 90, com a freguesia de Aguçadoura, onde a instalação da rede de saneamento custou perto de sete milhões de euros.

A este propósito, Macedo Vieira referiu que “esta é uma obra que custou muitos milhões e as pessoas não se apercebem da sua importância. O nosso endividamento resulta, em grande parte, das grandes obras de saneamento. É fundamental em termos de qualidade de vida e foi sempre uma prioridade para nós.” Uma vez concluída a ETAR – no Verão de 2010 -, continuou o edil, a Póvoa, com o saneamento “em baixa” praticamente concluído, terá, finalmente, o problema dos esgotos resolvido, que, nos últimos anos, se tem reflectido na qualidade de água das praias.

“Se nós contarmos todas as áreas que interviemos à superfície, onde remodelamos as infra-estruturas – o caso da Avenida Mousinho, da Rua da Junqueira, 31 de Janeiro e perpendiculares, da marginal, da Praça do Almada, etc. – no somatório geral, nos meus 15 anos de executivo, não deve ter andado longe dos 60 milhões de euros”, explicou o autarca. Neste momento, rematou, falta apenas a periferia de Rates e Balasar e parte da freguesia de Laundos, mas agora, porque o município já ultrapassou os 80% de cobertura, a obra terá que ser feita sem o apoio dos fundos comunitários.

Poderá acompanhar a evolução desta obra no portal municipal, onde poderá também consultar o mapa de saneamento do concelho e as imagens relativas à limpeza e inspecção das tubagens realizada através de vídeo.