As tricanas bonitas – com as suas saias coloridas, as blusas rendadas e os seus penteados impecáveis, as coreografias e as músicas bem ensaiadas, os tronos e tantos, tantos outros motivos fazem da comemoração do S. Pedro uma festa única e inesquecível para quem nela participa de alguma forma.

Venha, então, connosco nesta viagem no tempo e recorde todos os momentos marcantes desta última semana.

Tudo começou na passada segunda-feira com a exibição dos Jardins de Infância do concelho. Foi o S. Pedrinho e a Pequenada que coloriu aquela manhã e trouxe até ao Auditório da Lota centenas de pessoas. No dia seguinte, o Posto de Turismo e o Arquivo Municipal abriram as portas da exposição “S. Pedro: 50 anos de uma festa poveira”. Esta mostra é resultado da colaboração da comunidade poveira que, desde março, foi desafiada a emprestar, para digitalização, fotografias, postais, cartazes, panfletos, brochuras e outros elementos que pudessem ser relevantes para demonstrar a forma como as Festas de S. Pedro marcaram a comunidade poveira ao longo dos últimos 50 anos. O envolvimento dos poveiros nas comemorações foi enaltecido pelo Presidente da Câmara Municipal, José Macedo Vieira, que esteve presente na inauguração e na conversa animada que se seguiu sobre a história do S. Pedro, contada por José de Azevedo, um dos fundadores das Festas. Jacinto Sá, colaborador há mais de 40 anos na organização das Festas da Cidade, também participou nesta conversa, explicando as dificuldades e êxitos que estruturar o S. Pedro acarreta. Utentes do MAPADI preparam pinturas para ofertar aos envolvidos na organização desta festa. Esta mostra estará patente até meados de julho no Posto de Turismo e até agosto no Arquivo Municipal.

Seguimos, então, até quarta-feira, altura em que os tronos – envolvidos, até aí, em grande mistério – foram inaugurados e mostrados, com orgulho, a toda a população.

Na quinta-feira, a noite foi longa. De Bairro em Bairro, milhares de pessoas nas ruas dançavam e cantavam acompanhando as Rusgas que se mostravam com elegância. O cheiro a sardinhas assadas, as fogueiras para saltar, as ruas iluminadas e a animação musical foram ingredientes para uma Noitada de S. Pedro que só se encontram na Póvoa de Varzim. As Rusgas dos seis Bairros, Belém, Mariadeira, Regufe, Matriz, Norte e Sul e, ainda, do MAPADI, voltariam a mostrar-se uma vez mais no Estádio do Varzim Sport Club, com as claques de cada Bairro a “fazerem a festa”. Milhares de pessoas estiveram presentes neste Espetáculo das Rusgas tornando esta iniciativa num momento absolutamente emocionante. Mas, antes do Espetáculo, realizou-se a Missa de S. Pedro, um Concerto pela Banda de Música da Póvoa de Varzim e a Procissão de S. Pedro.

No sábado, as seis Rusgas voltaram a encontrar-se, desta feita para o Desfile Noturno das Rusgas, entre a Avenida dos Banhos e a Avenida dos Descobrimentos.

Finalmente, chegamos a domingo. Ontem, as comemorações foram também desportivas, com a realização do Grande Prémio de S. Pedro. Logo pela manhã, centenas de atletas partiram para a concretização da 24ª edição desta competição. À tarde, o Rancho Poveiro assinalou os seus 75 anos com uma ação solidária. No Auditório Municipal, o grupo atuou durante uma hora e meia para recolher bens de primeira necessidade (produtos de higiene pessoal, de limpeza e alimentares) para a Casa de Santa Maria da Estela.

A viagem no tempo termina por aqui. Para ver mais imagens consulte o Portal Municipal, aqui.