Póvoa de Varzim, 12.08.2013 - No domingo, 18 de agosto, chega ao fim mais uma edição da Feira do Livro, organizada sob o tema “A ler o mar”. Até lá, as atividades de animação continuam.
Na terça-feira, 13, a partir das 16h00, a Loja do Ambiente marca presença no espaço da Feira. Inaugurada a 5 de março de 2001, a Loja do Ambiente concentra, num único espaço, todos os serviços ao público relacionados com o fornecimento de água, drenagem de esgotos e afins.
No dia 14, às 16h00, a Biblioteca estará novamente no recinto para promover mais uma atividade de animação infantil: “Construção de Fantoches”.
Às 18h00, terá lugar a apresentação do livro José, será Mago? de Mário João Alves.
Mário João Alves nasceu em Perafita. É tenor e licenciou-se em Canto no Conservatório Superior de Música de Gaia. Prosseguiu os seus estudos em Turim e Génova. Além de músico é autor premiado. Escreveu José, será Mago? (2012) e Amílcar, o consertador de búzios calados (2011).
José, será Mago? é o primeiro de uma série de contos dedicados a grandes escritores portugueses.
Trata-se de uma primeira aproximação das crianças ao universo da grande literatura, dos grandes mestres da escrita.
Uma maneira diferente de conhecer e saborear a obra e o pensamento dos escritores que os jovens estudantes vão encontrar ao longo da sua vida académica.
Na sexta-feira, 16, às 21h30, o Pelouro do Ambiente irá apresentar a peça “A Preservação do Património Natural”.
Esta ação tem como objetivo sensibilizar para os comportamentos que adotamos no dia-a-dia e que poderemos alterar para contribuirmos para a preservação do património natural. A correta separação de resíduos, a importância de não deitar lixo para a praia/ chão, de usar os meios de transporte públicos e de fazer um uso consciente dos recursos naturais, nomeadamente da água, são alguns dos aspetos a ter em atenção.
No dia 17, sábado, às 17h30, será apresentado o livro Sete Ch’iens a um posso de Silvia Capón.
Sinopse: “se as palavras fossem prescindíveis. no fundo, na superfície, o poema é a fugida, a cambalhota à procura do além. escrevo para rebentar o tempo pelas costuras, como quem pega na vida arrastada do passado, borborigma até parir dias como gomos. se o mundo fosse um fundo de oceano atravessado de uma lentidão que torne tudo tacto, líquido acariciando ombros, ondeantes os cabelos e os gestos. Mole, afinal de contas. detesto as arestas, fujo sempre à questão, porque a questão no fundo é a distância, a fossa que nos afasta. escrevo para esquecer que a matéria é breve e os corpos são impenetráveis.”
A autora: Silvia Capón passou a infância entre Vigo e Tui. Desde pequena as suas paixões foram a leitura, a música e a casa da sua avó materna, Rita. Basicamente, apresenta uma linha biográfica curva com função (+ ou -) inconstante, com xy’s, pontos (de encontro e não), atualmente em progressão ascendente da linha 0 do plano. Voilà… Uma parábola! (retirado daqui)
Às 21h30, sobe ao palco do Passeio Alegre o desfile “Três Gerações (en) voltas de Chitas”.
Maria José Vale, coordenadora do evento, promove estes desfiles desde há 18 anos, com o objetivo de homenagear o colorido tecido. A participação na Feira do Livro pretende “desenvolver um encontro entre gerações, reinterpretando o tecido de chita de forma a atrair as camadas mais jovens, mas, ao mesmo tempo, sensibilizando-as para o significado que a chita teve no passado dos seus pais e avós”, resume Maria José Vale.
A chita caracteriza-se por ser um tecido de algodão, estampado com várias cores. Usado desde a Antiguidade, estes tecidos eram, inicialmente, pintados à mão, processo depois ultrapassado pela impressão a cera (espalhava-se a cera fundida sobre o tecido no qual se traçam os desenhos; depois mergulha-se o tecido num banho de tinta e esta cobre as áreas não cobertas de cera). Hoje em dia, a mecanização roubou o espaço à produção artesanal, sendo que, nas palavras de Maria José Vale “já é muito difícil encontrar chita”.
Alegre, multicolor e versátil são adjetivos que definem, e bem, a chita. Definem também a própria Feira do Livro que mostra, mais um vez, ser um espaço aberto a atividades diversas, sendo que com este desfile honra um costume que, infelizmente, corre o risco de se perder.
A Feira do Livro está aberta das 16h00 às 24h00, exceto no dia 15 que antecipa o seu horário de abertura para as 14h00.
No portal municipal, está disponível a programação completa desta edição da Feira do Livro, mais uma vez, e desde 1995, organizada sob o tema “A ler o mar”.