O autarca explicou que “a recuperação do património arquitetónico da Póvoa de Varzim é fundamental. O concelho não possui muitos edifícios com esta marca arquitetónica e é importante que a cidade os mantenha recuperados”. Aires Pereira sublinhou que “a zona onde A Filantrópica está sediada é um bairro piscatório por excelência e que mostra muita da história da cidade. O facto de ser uma rua pedonal muito ligada ao comércio faz com que tenhamos que a tratar com cuidado. A segurança nas cidades não se consegue com mais luz ou mais policiamento mas, sim, com pessoas a circularem nas suas ruas”. O edil exemplificou com a recuperação das Escolas dos Sininhos e do Século em detrimento da construção de um grande centro escolar: “sou sempre a favor da recuperação dos edifícios para que as ruas se mantenham ativas”.

Aires Pereira garantiu que a obra d’A Filantrópica irá chegar ao fim, mesmo sem os fundos comunitários, um comprovativo da sua confiança nesta direção e no trabalho desenvolvido na cooperativa.

Quanto ao início das obras, o Presidente da Câmara Municipal aponta para “maio devido a ser um edifício de interesse público, o que obriga a diversos pareceres de várias entidades, o que demora o seu tempo”.

O Presidente da Câmara afirmou que “as pessoas, ao mesmo tempo que vivem a correr, com os seus telemóveis, as redes sociais, a vontade de chegar mesmo antes de partir, começam a estar mais sensibilizadas para um estilo de vida mais saudável, mais contemplativo. Por isso, vale a pena dar uma oportunidade ao património cultural. Uma cidade não pode viver só de coisas novas”.

O Presidente da Direção d’A Filantrópica, Luís Alberto Oliveira, considera este apoio da Câmara Municipal “um incentivo e uma responsabilidade para a cooperativa continuar o seu trabalho”. Feliz com o futuro, o responsável pela cooperativa afirmou que as obras vão dar dignidade a quem a frequenta e quem lá trabalha. A degradação do edifício era notória e, com as melhorias, A Filantrópica terá condições para a sua autossuficiência.