A conserveira deixou
as instalações no centro da cidade, junto à lota, onde funcionava desde 1938,
mudando-se para o Parque Industrial no passado dia 4 de janeiro.

O apoio da Câmara
Municipal e a injeção de capital de novos investidores – entre eles, o
Presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira – permitiram
avançar para a construção de uma unidade moderna, que garante não só a
manutenção de 120 postos de trabalho como o aumento do número de funcionários.

Sobre esta nova A
Poveira, José Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal, referiu que “esta
é a aposta certa e em termos de instalações acho que será das melhores do país.
Talvez a fábrica mais moderna e recente”.

O edil destacou
ainda a capacidade produtiva da empresa que pode ultrapassar quatro vezes a
produção da antiga fábrica. “Num setor conserveiro que está em expansão é das
poucas situações em Portugal na qual há possibilidade de investimento com
alguma certeza”, constatou, acrescentando que “com a crise económica que
atravessa todo o Mundo e a Europa, sendo 90% da produção para exportação, acho
que é uma aposta certa”, assumiu.

O Presidente da
autarquia poveira realçou ainda o facto da nova infraestrutura proporcionar o
aumento do número de postos de trabalho.

Neste sentido,
Macedo Vieira considera tratar-se de “um momento de felicidade para os
investidores”, do qual a Câmara Municipal também se congratula por ter no
concelho uma unidade produtiva que vem respeitar a tradição das conserveiras em
Portugal e na Póvoa.

Apesar de ter estado
para morrer, graças à resistência do seu administrador Sérgio Real e dos novos
investidores, e também com o apoio da Câmara Municipal no sentido de criar
condições para que houvesse mudança e a instalação da fábrica nova, A Poveira é
uma unidade moderna da qual a Póvoa se pode orgulhar, concluiu o autarca.

Sérgio Real, da
administração d’ A Poveira, revelou que “a capacidade atual de produção é
bastante superior à que tínhamos anteriormente”, estimando em quinze toneladas
de sardinhas por dia, estando prevista, para breve, a produção de atum.

A Poveira tem,
agora, instalações mais espaçosas, com mais qualidade, proporcionando melhor
ambiente de trabalho e garantindo todas as questões de higiene e segurança,
assegurou, referindo-se também à modernização das máquinas.

Sérgio Real afirmou
que a empresa tem seguido uma política de crescimento, ao longo dos últimos
anos. “Esperamos atingir valores muito superiores àqueles que temos vindo a
faturar, sendo de realçar que, já no último ano, tivemos uma faturação superior
a quatro milhões e meio”, anunciou.

A aposta é no
crescimento, dando particular atenção à exportação, sobretudo para mercados
como os Estados Unidos, a França, a Itália e a Áustria.