A
conversa de hoje focou a Provisão Régia de 1791, de D. Maria I, para a criação
da Praça do Almada. Foi a partir deste documento, que está guardado no Arquivo
Municipal, que se partiu para uma conversa com todos os participantes, desta
vez utentes da Santa Casa da Misericórdia, acerca da evolução do concelho. Ficamos
a saber que no século XV a Póvoa de Varzim, na época Varazim de Jusão, era
habitada por 52 casais. No século seguinte, já viviam na zona cerca de 500
pessoas. O desenvolvimento foi continuando e no século XVII calcula-se que a
Póvoa era habitada por quase 2000 pessoas. A população era, essencialmente,
constituída por mareantes, carpinteiros da ribeira, pescadores e lavradores.
Nesta altura, o centro da vila situava-se junto à Igreja Matriz, que ainda não
tinha sido construída, já que era nesta zona que estava edificada a Câmara
Municipal e, consequentemente, a administração, a justiça e a vida religiosa.
No século XVIII, os habitantes da Póvoa escrevem uma carta à Rainha D. Maria I
pedindo a construção de uma nova praça, com melhores condições. A este apelo, a
Rainha responde com a Provisão Régia de 1791, documento que esteve na origem
desta sessão. Aqui, D. Maria I aceita e providencia a construção de um
aqueduto, de um paredão, de uma nova praça e de uma nova casa da Câmara.
Francisco de Almada e Mendonça, corregedor do Porto, ficou encarregue de
fiscalizar a obra, que, em sua honra, ficou com o nome de Praça do Almada.
“À
quarta (h)à conversa” vai acontecer na terceira quarta-feira de cada mês. A
próxima sessão será no dia 18 de Novembro e o tema será “Orfeão Poveiro”. Para
mais informações e marcações contacte o Arquivo Municipal.