O momento serviu para marcar o arranque da recolha multimaterial porta-a-porta no Município de Póvoa de Varzim. O novo circuito de recolha seletiva decorrerá, regularmente, no setor residencial e também no de serviços, nas zonas do Bairro da Matriz e do Bairro Sul.

A Vereadora do Ambiente, Sílvia Costa, explicou como vai ser implementado o projeto na nossa cidade, começando por sensibilizar os presentes para a nossa realidade: “os poveiros produziram, em, média, no ano passado, 558 kg de resíduos por ano, num total de 35 mil toneladas, sendo que apenas 2800 toneladas foram encaminhadas para reciclagem”. A autarca reconheceu tratar-se de uma situação “preocupante” sendo que “o potencial de resíduos que está a ser diariamente encaminhado como resíduo indiferenciado é elevadíssimo”.

Assim sendo, o Município vai dar aquele que é considerado “o grande passo evolutivo na separação dos resíduos” promovendo “a separação na origem”, ou seja “no momento em que o resíduo é produzido”.

Neste sentido, Sílvia Costa explicou como vai ser feita a implementação deste novo sistema: serão distribuídos equipamentos de contentorização para recolha dedicada das várias frações (papel/cartão, plástico/metal, vidro e indiferenciados), a cada um dos fogos abrangidos, em simultâneo com uma ação de sensibilização porta-a-porta, por equipas da Lipor, que irá introduzir e apelar a uma correta separação, informar sobre a periodicidade da recolha, procedimentos de deposição, bem como sobre as mais-valias deste novo sistema, nomeadamente o apoio a causas sociais.

Com o mote “Reciclar é dar +”, a ação baseia-se numa abordagem positiva por contacto pró-ativo, também porta-a-porta, pela qual se somam e apresentam vantagens individuais (funcionais e financeiras) e sociais de adesão a este sistema específico de recolha de resíduos urbanos: proximidade, comodidade, sustentabilidade e solidariedade, uma vez que os resíduos recicláveis recolhidos reverterão a favor dos Bombeiros Voluntários de Póvoa de Varzim.

A Vereadora anunciou ainda que “o nosso objetivo, no futuro que se espera não muito longínquo, é que as pessoas passem a ser taxadas em função dos resíduos que efetivamente produzem, sendo beneficiados aqueles que realmente contribuem para a reciclagem dos resíduos. Ou seja, quanto mais separar os resíduos, menos vou encaminhar para o indiferenciado para tratamento e maior será o meu contributo para a reciclagem. Este comportamento deverá ser valorizado face a quem não tem esta preocupação”.