Operação Floresta Viva

“A floresta, berço do homem, que lhe deu alimento, que lhe forneceu o primeiro abrigo, a primeira arma, a primeira ferramenta; que lhe proporcionou, talvez, o primeiro sentimento estético e nele acordou a primeira comoção mística; a floresta, de que fez a caravela que lhe permitiu conhecer a extensão do seu mundo, e a primeira cruz que simboliza as grandezas e as misérias, as injustiças e as heróicas renúncias desse mesmo mundo – permanecerá indissoluvelmente ligada aos destinos do homem”.

Joaquim Vieira Natividade, agrónomo e silvicultor

A 2 de Dezembro de 2007 plantou-se vida em Terroso, em resultado da Operação Floresta Viva, levada a cabo pela autarquia em conjunto com a Junta de Freguesia de Terroso e o Núcleo Florestal do Tâmega. Mais de meio milhar de pinheiros-bravos foram plantados com a ajuda de um grupo de voluntários num terreno florestal da Junta de Freguesia de Terroso, devastado por um incêndio.

Esta foi uma das acções que decorreu no âmbito do Ano Internacional do Planeta Terra e alertou para a importância de preservar as florestas, um espaço privilegiado de vida.

Apesar de a Junta de Freguesia de Terroso manter limpos os terrenos florestais pelos quais é responsável, tal não impediu que o terreno intervencionado, no lugar do Carregal, escapasse das chamas. O fogo teve origem num terreno vizinho (propriedade privada), que carecia de limpeza e manutenção. Assim, a Operação Floresta Viva alertou também para a importância da manutenção dos terrenos florestais, tendo em conta que no nosso concelho a Mancha Florestal ocupa cerca de 1212,99 ha, segundo dados do PDM em vigor.

É seguro afirmar que o descuido e a negligência são uma das principais causas de incêndio florestal em Portugal. De forma a prevenir este tipo de situações, determinados comportamentos devem ser adoptados em pleno território florestal, tais como não fazer fogueiras fora dos sítios indicados, não fumar no perímetro florestal, não fazer lixo, entre outros.

Grande parte da Mancha Florestal do concelho é controlada por proprietários privados. Estes devem proceder a limpezas regulares das suas propriedades, retirando mato, arbustos e ervas, e os habitantes junto de terrenos florestais devem adoptar comportamentos de forma a prevenir incêndios, tais como:

• manter as árvores em redor da habitação desramadas quatro metros acima do solo, com distância entre copas de pelo menos cinco metros;

• certificarem-se que os ramos nunca se projectam sobre a cobertura da habitação;

• conservar o mato limpo num raio de 50 metros em redor da habitação, o que também cria uma zona de segurança para a actuação dos bombeiros;

• manter a cobertura e as goteiras da habitação limpas;

• colocar uma rede de retenção de faúlhas na chaminé;

• manter botijas de gás longe da habitação, mesmo que vazias;

• guardar pilhas de lenha afastadas da habitação.

Espaços Verdes

Se as Florestas são recursos criados pela própria Natureza, cabendo ao Homem a obrigação de a proteger, os Espaços Verdes são estruturas criadas pelo Homem em ambiente urbano, com o intuito de proporcionar bem-estar à população, recriando a presença da Natureza nas cidades. Por isso, assumem cada vez mais destaque na política municipal, que reconhece a sua importância não só como ligação com o espaço rural envolvente, como também a sua função como produtores de oxigénio, como espaço de lazer e recreio, e de enquadramento de infra-estruturas e edifícios, entre outros.

Em 2007 o concelho da Póvoa de Varzim dispunha de 325.901,41 m2 de espaços verdes, número que, até ao final de Abril deste ano, subiu para os 345.278, 77 m2. No que concerne à plantação de árvores, entre o ano de 2007 e finais de Abril deste ano foram plantados 497 exemplares de árvores.

Em Janeiro de 2008 a autarquia adjudicou a uma empresa privada a manutenção de 76.012,80 m2 de espaços verdes.

Área total de espaços verdes nas freguesias do concelho

Requalificação de espaços verdes

Em 2007:

• Talude localizado na zona envolvente às Habitações Sociais Alberto Sampaio;

• Jardim-de-Infância de Sejães, Terroso;

• Rua Virgínia Campos;

• Praceta dos Cavaleiros, Aver-o-Mar

• Canteiros da zona envolvente às Habitações Sociais de Amorim;

• Jardim-de-Infância de Barros, Estela;

• Canteiros na Rua Dr. Dias de Azevedo, Balasar.

Em 2008:

• Canteiros na Rua de Mourões

• Adro da Igreja Nossa Sr.ª do Desterro;

• Canteiros no Bairro do Quintas, Amorim;

• Adro da Igreja de Navais.

Novos espaços verdes

Em 2007, foram criados novos espaços verdes, no âmbito de empreitadas, como na Avenida 25 de Abril e no Cemitério Municipal nº2.

No âmbito de processos de arranjos de exteriores de loteamentos/licenciamentos, foram criados novos espaços em edifícios da Avenida 25 de Abril, da Rua Dr. Belarmino Pereira, da Travessa do Rio Esteiro, da Rua Cidade de Barcelos e da Rua de Mourões. Já em 2008, foram criados canteiros na Praça Dr. Nuno Simões.

Durante o ano decorrente, também no âmbito de empreitadas, foram criados os espaços verdes da Praça do Almada e Avenida Mousinho de Albuquerque.