2014

À quarta (h)à conversa 43

“O teatro da minha vida” foi o tema apresentado, ontem à tarde, por Rui Bianchi, no Arquivo Municipal, no âmbito da iniciativa “À quarta (h)à conversa”. O arquiteto destacou a importância e necessidade dos teatros na construção das sociedades. Rui Bianchi transmitiu que “olhamos para o passado procurando compreender como viviam as sociedades através dos edifícios, neste caso, teatros. A história das sociedades faz-se pelas construções que as distingue, existindo um vetor de transversalidade ao longo dos tempos”. O arquiteto considera que “todos somos atores e espectadores, num diálogo permanente. Desde muito cedo, na construção das cidades, o poder instituído entendeu que o teatro era uma forma de instruir e tinha uma dimensão cultural”.

 

À quarta (h)à conversa 42

José Ferreira foi o convidado d’”À quarta (h)à conversa” deste mês, que decorreu ontem à tarde, no Arquivo Municipal. “Beata Alexandrina: a sua poesia, os seus ilustradores” foi o tema abordado pelo investigador, assinalando os 10 anos da Beatificação. José Ferreira começou por apresentar alguns retratos artísticos e ilustrações da Beata, referindo que os primeiros livros sobre ela foram biografias ilustradas com fotografias da mesma. Retrato, Busto artístico, Painel da Beatificação foram alguns dos exemplos exibidos. O Ícone da Beata, de inspiração salesiana, cuja versão original está conservada em Itália, foi apresentado por José Ferreira como uma obra muito culta, revelando que em 2007 foi oferecida por um grupo italiano, uma cópia portuguesa, conservada em Balasar. O investigador fez também alusão à figura de Alexandrina nos vitrais da Igreja de Balasar, “de elevadíssima qualidade”, da autoria de João Aquino da Costa Antunes, “último pintor português que dedicou a sua vida aos vitrais”.

 

À quarta (h)à conversa 41

Antero Simões foi o convidado deste mês de “À quarta (h)à conversa”, no Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim. O tema da sessão que teve lugar este dia 19 de março, pelas 15h00, foi “Eça, o Documento, a Póvoa”. Antero Simões publicou, em 2013, um livro dedicado a Eça de Queirós, intitulado “O meu irónico e trágico Eça de Queirós”, que considera “um dos mais polémicos mestres da língua nacional”.

 

À quarta (h)à conversa 40

Póvoa de Varzim, 20.02.2014
A ‘aristocracia’ entendida como elite económica entre 1865 e 1891 na Póvoa de Varzim foi abordada por Hélder Guimarães na sessão de “À quarta (h)à conversa”, esta tarde de quarta-feira, dia 19, no Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim. Mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Hélder Guimarães é investigador do CITCEM (Centro de Estudos Transdisciplinares Cultura, Espaço e Memória) da Universidade do Porto e Universidade do Minho e efetuou o estudo «A ‘Aristocracia’ Liberal: os maiores contribuintes da Póvoa de Varzim (1865 a 1891)» – que deu o tema à palestra deste mês no Arquivo. Trata-se de um estudo inserido num projeto do CITCEM, no qual o investigador está integrado.

 

À quarta (h)à conversa 39

Póvoa de Varzim, 15.01.2014
Joana Leandro esteve à conversa com os poveiros, no Arquivo Municipal, esta tarde de quarta-feira (dia 15), sobre “O pão na Póvoa de Varzim: sua problemática no ano de 1917”.Tratou-se de mais uma sessão mensal de “À quarta (h)à conversa”. Recorrendo a vários documentos do Arquivo Municipal e Fundo Local da Biblioteca Municipal, como por exemplo a análise dos artigos da imprensa local no ano de 1917, a historiadora deu conta das dificuldades com que se debatia a população para obter um bem essencial e que era a base de toda a alimentação, o pão.

 

2013

À quarta (h)à conversa 38

Póvoa de Varzim, 18.12.2013
“Sapateiros, tamanqueiros povoenses e a vida sindical (1912-1932)” foi o tema para mais uma sessão de “À quarta (h)à conversa” com a historiadora Noémia Ferreira de Castro, no Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim. Na pesquisa efetuada sobre as associações de classes de operários (a designação que à época se dava aos sindicatos), na Póvoa de Varzim, Noémia Ferreira de Castro encontrou mais material acerca da fundação e funcionamento da associação dos sapateiros e tamanqueiros povoenses, havendo o registo da autorização dos estatutos pelo ministro do Interior, em 1912.

 

À quarta (h)à conversa 37

Póvoa de Varzim, 21.11.2013
“A resistência popular ao Cisma Liberal em Terroso e Rates (1838-1842)” foi o tema escolhido para a sessão deste dia 20 de novembro de “À quarta (h)à conversa”, no Arquivo Municipal, orientada por José Ferreira. O professor e investigador da história local tem vindo a dedicar-se ao estudo sobre a aparição da Santa Cruz no Calvário e deparou-se, por acaso, com alguns documentos que retratam a vivência do Cisma em Terroso e Rates, freguesias onde se registaram maiores tumultos devido à resistência popular. Lendo os documentos, José Ferreira considerou interessante realizar um breve apontamento sobre o tema, até porque não conhece qualquer outro estudo sobre este assunto a nível local.

 

Póvoa de Varzim, 17.10.2013
Humberto Fernandes foi o convidado da iniciativa “À quarta (h)à conversa” deste mês que decorreu ontem à tarde, no Arquivo Municipal. O orador  falou sobre o ensino particular, referindo-se à existência de estabelecimentos destinados ao sexo feminino e outros para o sexo masculino, Colégio Moderno e Colégio Povoense, respetivamente. Para o efeito, serviu-se de periódicos da época que consultou na Biblioteca Municipal. Partilhou ainda a sua experiência enquanto antigo aluno do Colégio D. Nuno que frequentou durante nove anos.

 

Póvoa de Varzim, 20.06.2013
Luís Adriano de Lemos Cesariny Calafate foi o convidado d’ “À quarta (h)à conversa” deste mês, que decorreu, ontem à tarde, no Arquivo Municipal. O Comandante avivou a memória de alguns dos presentes e emocionou outros ao falar de seu avô, Vasques Calafate. Luís Adriano Calafate referiu-se ao importante papel que Vasques Calafate teve na construção do porto de pesca, tendo sido esta a “obsessão da sua vida” e, não menos importante, a sua luta pela edificação da Casa dos Pescadores da Póvoa de Varzim.

 

Póvoa de Varzim, 16.05.2013
Manuel Joaquim Craveiro foi o protagonista d’“À quarta (h)à conversa” deste mês que decorreu, ontem à tarde, no Arquivo Municipal. Recordando as mercearias da Póvoa de Varzim foi o tema apresentado e teve como inspiração um poema da obra O Mar A Mar A Póvoa, de José Carlos de Vasconcelos (2001). O convidado fez um roteiro pelos armazéns e mercearias da nossa cidade que, ao longo dos anos, foram desaparecendo, partilhando algumas curiosidades destes negócios.

 

Póvoa de Varzim, 18.04.2013
Joana Leandro esteve, ontem à tarde, no Arquivo Municipal, a desvendar um pouco mais da história local, área que “apaixonadamente” trata. Desta vez, o tema abordado pela investigadora foi a “Entrada de estrangeiros na Póvoa de Varzim durante a Segunda Guerra Mundial”. A partir da documentação existente no Arquivo Municipal, Joana Leandro analisou 74 registos que lhe permitiram tirar algumas conclusões. Houve dois picos de entradas de estrangeiros na nossa cidade: 1939 e 1941. Quanto ao tempo de demora, 67% permanente, 28% por seis meses e 5% por apenas três meses. Não há grande variação em relação ao sexo, sendo 51% masculino e 49% feminino, sendo na maioria casados (56%). As faixas etárias mais dominantes são entre os 30 e os 40 anos (27) e entre os 15 e os 29 anos (24).

 

Póvoa de Varzim, 21.03.2013
“Vícios privados, públicas virtudes” deu mote a uma conversa conduzida por Rui Bianchi, ontem à tarde, no Arquivo Municipal. O arquiteto falou sobre comportamentos das pessoas e famílias dentro das suas habitações, em Roma, transmitindo que muito do que somos atualmente e da forma como vivemos é fruto de um percurso que se foi fazendo e resulta de adaptações de rituais do passado. Rui Bianchi recuou ao Império Romano para demonstrar que há uma réplica de acontecimentos que varia muito pouco ao longo dos tempos e encontra justificação na antiguidade, embora se vá diluindo. A título de exemplo falou da posição da cama, com a cabeceira junto à parede, atitude congénita com o espaço de falsa proteção e vulnerabilidade encarando a parede como resguardo. E quanto ao posicionamento no topo da mesa, também pode ser encarado como afirmação e manifestação do poder, metaforizando o trono ou altar.

 

Póvoa de Varzim, 20.02.2013
“Manuel Silva, um homem simples, um homem bom, um homem que quis ser justo, que quis ser honesto com o Mundo e consigo mesmo”. A afirmação foi feita por Adriano Cerejeira, esta tarde, 20 de fevereiro, no Arquivo Municipal. O professor de História foi o convidado deste mês da iniciativa “À quarta (h)à conversa” intitulada “Manuel Silva, cabouqueiro da história local”. Adriano Cerejeira debruçou-se, de modo aprofundado, sobre a vida pessoal e profissional de uma personalidade poveira, que nasceu na Póvoa de Varzim em 1869, vindo a falecer em Dume, em 1941.

 

Póvoa de Varzim, 17.01.2013
José Flores provou que “Nem todos os pássaros são tarrotes”, ontem à tarde, na iniciativa “À quarta (h)à conversa”, no Arquivo Municipal. O arqueólogo municipal falou sobre um dos seus passatempos e área onde tem feito investigação: as aves grandes e pequenas que se podem observar na nossa Póvoa. Há, em geral, um fascínio e amizade pelas aves mesmo que não tenhamos consciência disso, referiu, justificando que as pessoas estão habituadas aos pássaros.