Segundo Segundo / 2 Outubro

 

Sinopse

O ponto de partida é a desconstrução e a falta de ritmo. Se dermos estes dois como adquiridos, vemo-nos obrigados a estabelecer uma relação de urgência permanente com o compromisso que é pisar um palco sem a quarta parede.

As duas personagens deste espectáculo carregam este peso consigo e andam como baratas tontas pelo espaço à procura de uma justificação para estar ali. Só. Nem que para isso tenham de esperar o segundo segundo para ver o que acontece. Trata-se essencialmente de um espectáculo que corre o risco de ser chato já que nenhum dos dois se preparou convenientemente para o que quer que seja – convenhamos, no entanto, que o termo “chato” é muito mais oral do que propriamente literário, por isso se calhar a expressão mais apropriada até seria “aborrecido”…ou até “sensaborão”.

Resumindo: eles sabem que vão ter público; sabem a que horas começa o show; sabem onde é o palco; lembram-se de uma musiquita e algumas histórias e pouco mais. Com sorte algo corre mal, no próprio dia, e o espectáculo acaba por ser cancelado. Esperam para ver. Mas esperam que os vejam. 

 

Ficha Técnica: Encenação: Rodrigo Santos /  Interpretação Nuno Preto e Pedro Fria

 

Historial:

O Mau Artista é uma Associação Cultural Sem Fins Lucrativos que iniciou a sua actividade no final do ano de 2005. Esta Associação dedica-se à produção de espectáculos teatrais.

A Companhia sedeada no Porto tem vindo a desenvolver um trabalho em cumplicidade com a cidade e com recém licenciados pelas escolas de teatro do Porto, numa lógica de criar empregabilidade e iniciativa autónoma de produção.

O Mau Artista tem como principais objectivos:

 

  • mobilizar o público que se afastou, por diversas razões, dos espectáculos teatrais, através da produção e apresentação de espectáculos com linhas estéticas inovadoras e actuais;
  • trabalhar  textos originais e textos de autor;
  • apostar numa fórmula comunicativa, prazeirosa, interveniente, transformadora e não elitista de fazer teatro;
  • desenvolver também a produção teatral infantil e juvenil;
  • desenvolver actividades paralelas e complementares à produção artística dominante: participando ou criando animações de monumentos, animações solicitadas por organismos, instituições ou empresas, sessões de poesia encenada, e espectáculos de Café-Teatro;
  • criar uma forte componente itinerante, participando em mostras e festivais de teatro nacionais e estrangeiros.