O político, que é dado como provável candidato a primeiro-ministro, foi o convidado do Clube de Caçadores da Estela, ontem à noite, na conferência “Portugal: ontem, hoje e amanhã”.

Apresentado o convidado pelo presidente do Clube de Caçadores da Estela, José Manuel Almeida, perante uma sala completa, coube ao antigo presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Macedo Vieira, moderar a conversa que se seguiu à palestra.

Tendo partilhado 12 anos de trabalho com Rui Rio na Junta Metropolitana do Porto, Macedo Vieira descreveu o colega da política como “uma pessoa muito especial, um político diferente, corajoso, que conseguiu assumir algumas ruturas, como é exemplo a separação das águas entre a autarquia e o FC Porto”. Por conseguinte, “Rui Rio é um dos poucos políticos que pode garantir também aos portugueses a credibilidade e confiança necessárias no país”.

Mas Rui Rio preferiu não abrir o jogo quanto a intenções, ou falta delas, de se candidatar a algum cargo em S. Bento ou em Belém. Nem sequer quis comentar assuntos de conjuntura política, avançando para uma análise de caráter estrutural ao país. Rui Rio foi claro: a “crise económica é filha da crise política”. A sua opinião, admite, é diferente de toda a corrente maioritária da sociedade portuguesa, pois considera que todos os partidos políticos são culpados do estado de coisas a que chegamos: “nestes 40 anos após o 25 de abril, não houve um único ano em que o orçamento de Estado fosse equilibrado, andamos a pedir emprestado durante 40 anos, e deu no que deu”.

Para melhorar o país, afirmou Rui Rio, é preciso enveredar pelo caminho do “crescimento económico”. É que, sustentou, “só se criarmos riqueza é que poderemos ir pagando a dívida”. O caminho passa pela aposta nas exportações e no investimento, com um “Estado facilitador” das condições de desenvolvimento e crescimento das empresas.

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